domingo, 12 de agosto de 2007

VIAJAR

Quando adolescentes, somos perguntados sobre o que queremos ser quando crescer. Sempre achei essa pergunta difícil, afinal, nunca consegui respondê-la. Sério, nunca tive grandes planos profissionais. Foi aí que pensei: "Por que nunca pergutaram o que eu gostaria de FAZER quando crescesse"?. Não que, àquela época, eu soubesse a resposta. Mas pelo menos hoje, consigo fazê-lo. Já a outra pergunta continua sem resposta - e eu já cresci. Depois de certo tempo pensando sobre isso, certo dia resolvi me perguntar, de uma vez por todas, o que eu pretendia da vida. Assim, como se fosse um maluco, falando sozinho mesmo. Foi então que, ante tamanha "pressão" obtive a resposta. Decidi (descobri?) que deveria buscar condições de fazer o que EU sempre quis da vida, e não o que a sociedade [cof, cof] espera que eu faça. E tal coisa é viajar. Não sei ao certo desde quando esse desejo de conhecer lugares tomou conta de mim. Não importa. O certo é que, finalmente, cheguei onde me imaginei durante muito tempo. Sim, hoje eu viajo. E não na maionese, como podem pensar os simplistas*. Viajo - ainda que sozinho - de mochilão nas costas, visitando lugares que, no meu período de auto-comiseração e de auto-subestimação, jamais imaginei pôr os pés. Pois bem, o mundo dá voltas, você amadurece, corre atrás e, um belo dia, o seu futuro chega e você passa a viver o presente. Não sei até quando essa fase vai durar. Mas, enquanto puder, vou aproveitar. Já estive em Bonito, Maresias, Curitiba, Morretes, Ouro Preto, Mariana e Belo Horizonte. Meu próximo destino é o nordeste. Maranhão e Ceará. Não vejo a hora. Às vezes me chateiam os olhares de inveja que recebo. Como se o fato de ser feliz e viver de acordo com as minhas vontades fosse crime. Como se fosse minha culpa certas pessoas viverem na mediocridade. Mas o que foi que elas fizeram para melhorar a própria vida? Aliás, tais pessoas sabem REALMENTE o que querem da vida? Ou vivem em função dos outros, o que [não]vão pensar, falar ou sei lá mais o quê? Quando eu ficava em casa estudando, em pleno sábado à noite, essas mesmas pessoas estavam causando na Água Choca, no Tira-Saia ou no baile à Fantasia em Cesário Lange. Pois então, agora chegou a MINHA vez de causar (não consigo simpatizar com essa expressão), só que em outros lugares, um pouco mais longe do que os retrocitados. Sorte? Destino? Herança? Não meus queridos, não mesmo. Dedicação, objetivo. Esse é o caminho. Bom, pelo menos foi o meu. É claro que não fiz tudo sozinho. Grandes amigos me ajudaram, com incentivo, torcida e muita - mas muita - paciência. Ah, amigos... Bom, é isso. Comecei esse post querendo descrever minhas viagens e o prazer de cada uma. Acabou que virou outro desabafo. Mas, você já leu o subtítulo do blog? Então tá tudo certo.

Semana que vem estarei aqui. Enjoy the view.
















*Eufemismo para pobres. De espírito.