quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Ódio

Odeio azeitona.

Odeio frio.

Odeio arrumar a cama.

Odeio quem fala demais e não sabe calar a boca.

Odeio minha incapacidade em aprender francês.

Odeio não ter feito intercâmbio quando adolescente.

Odeio o fato de que as unhas crescem.

Odeio pelos em lugares inúteis - tais como nariz e orelha.

Odeio sair no sol sem óculos escuros.

Odeio minha falta de vocação para escrever um livro - ou um mísero conto.

Odeio 99% das músicas em português.

Odeio musicais.

Odeio esquecer, o que quer que seja.

Odeio quando não entendem o que eu falo - mesmo sabendo que a culpa é minha, por falar rápido demais.

Odeio que batam palmas no portão, sendo que minha casa tem campainha.

Odeio dia chuvoso, cinzento e com vento.

Odeio chegar em casa, seco por um banho, e ter gente usando o banheiro.

Odeio acordar cedo.

Odeio ser acordado com qualquer barulho.

Odeio ter pesadelos.

Odeio quem trata bicho - especialmente cachorro - feito gente. Pra mim, demonstra incapacidade de se relacionar a contento com humanos, ou uma necessidade velada de praticar zoofilia.

Odeio quem declara ter medo de avião, sem nunca ter entrado num.

Odeio quem me olha com espanto quando digo que me hospedo em albergue, em vez de perguntar do que se trata.

Odeio quem não sabe reconhecer seus erros e sempre os atribui a qualquer outra coisa, menos a si próprio.

Odeio a Lei de Gerson.

Odeio a Lei de Murphy.

Odeio Dado Dolabella, Luana Piovani e Carolina Dieckmann.

Odeio quem se acha superior intelectualmente por não assistir Big Brother.

Odeio fanáticos. Religiosos, 'futebolísticos', políticos e afins.

Odeio quem se contenta com pouco - e me chama de burguês por gostar de conforto.

Odeio quem tem medo de fazer seja lá o que for, por medo do que 'os outros vão pensar'.

Odeio quem se acha no direito de presumir o que eu estou pensando.

Odeio quem me pergunta "o que você quer dizer com isso?". Não preciso de subterfúgios. O que digo é exatamente o que eu digo.

Odeio criança birrenta. E seus pais que não os educam corretamente.

Odeio que me perguntem quando eu vou casar. Pois não o farei.

Odeio o PT.

Odeio o estigma de funcionário público. E odeio aqueles que fazem jus a essa fama.

Odeio carro com música no último volume.

Odeio que cantem em voz alta, em ambientes onde tal atitude não é apropriada.

Odeio que cozinhem salsicha.

Odeio coentro.

Odeio Campari.

Odeio cheiro de roupa secada na sombra.

Odeio a poeira que insiste em se acumular sobre meus móveis, por mais que eu os limpe.

Odeio que me contrariem, quando estou certo, apenas pelo prazer de não darem o braço a torcer.

Odeio os hipócritas.

Odeio quem se esconde atrás da Bíblia e usa nomes sagrados como se fossem receita de bolo.

Odeio quem renega seu passado.

Odeio quem defende parentes, independente de quão errados estejam, apenas por serem parentes.

Odeio internet lenta.

Odeio cueca larga.

Odeio meia que perde a elasticidade.

Odeio bolsos furados.

Odeio a Sônia Abrão.

Odeio os programas de auditório dominicais.

Odeio pseudo-intelectuais.

Odeio gente frustrada.

Odeio quem não sabe qual é a sua felicidade, não se esforça para descobrir e só sente prazer diminuindo, denegrindo e debochando de quem já descobriu.

Odeio quem só se aproxima de outro por interesse financeiro, sexual ou seja lá qual for.

Odeio quem "conhece seus direitos".

Odeio quem diz eu te amo em menos de dois meses de relacionamento.

Odeio que tentem controlar com quem saio, pra onde vou, quanto tempo vou ficar e a que horas volto.

Odeio quem tenta me passar sermão por fumar. Não sou burro, sei de todos os malefícios.

Odeio dor de barriga em locais e momentos inapropriados.

Odeio quando meu nariz sangra.

Odeio espinhas.

Odeio quando meu desodorante vence.

Odeio gente chata e reclamona em filas.

Odeio quem sobe no prédio do Banespa em São Paulo e reclama que não tem escada rolante.

Odeio quem pede molho barbecue no Mc Donald's.

Odeio o fato de ter demorado tanto tempo pra perceber como São Paulo é interessante. A mesma coisa com o Rio de Janeiro.

Odeio essa onda do politicamente correto.

Odeio Crepúsculo.

Odeio modinhas. Todas. O famoso "uso porque está usando, ouço porque está tocando na rádio". Denota falta de personalidade.

Odeio "quem podia estar matando e roubando, mas está só pedindo".

Odeio levar susto com latido de cachorro.

Odeio quem se faz de bom samaritano colocando comida pra cachorro na rua, mas não os recolhe pra dentro de casa.

Odeio gatos andando em cima do telhado.

Odeio quem não entendeu o filme "Bruxa de Blair".

Odeio ter que medir palavras, quando sei que não entenderão minha ironia e sarcasmo.

Odeio que sejam condescendentes.

Odeio quando digam que vão me ligar/escrever e não o fazem.

Odeio ficar resfriado.

Odeio refrigerante sem gás.

Odeio quem se mata para conseguir algo de graça, por mais inútil que seja o objeto.

Odeio quem não acredita que o homem pisou na Lua.

Odeio quem odeia os Estados Unidos.

Odeio quem é abstêmio.

Odeio claridade para dormir.

Odeio ficar vermelho de vergonha.

Odeio quem faz cara de bosta quando eu falo palavrão.

Odeio quem fala baixo demais.

Odeio quem não sabe ser mero ouvinte, sempre "também tem uma história pra contar".

Odeio o fato de ler rápido demais e não me lembrar os detalhes do que acabei de ler.

Odeio gente lerda. Seja a pé ou de carro.

Odeio quem acelera a moto duzentas vezes sem sair do lugar. E o carro também.

Odeio quem diz que não gosta de alguma coisa, sem a ter experimentado.

Odeio quem deixa a vida passar em branco.

Odeio que esvaziem a garrafa de água e não a encham de novo.

Odeio quando buzinam pra mim e não reconheço quem é.

Odeio quando cílios entram no olho.

Odeio dar topadas.

Odeio ser interrompido.

Odeio quando não entendem minha empolgação com certas coisas e acham que estou me exibindo.

Odeio que duvidem da minha palavra.

Odeio etiqueta de roupa 'pinicando'.

Odeio queimar a língua.

Odeio que me peçam pra abaixar o volume da TV.

Odeio quem conversa na sala de cinema.

Odeio mais ainda quem grita na sala de cinema, em filmes de suspense.

Odeio que desconhecidos me peçam cigarro.

Odeio quem fica atento ao que digo e faço, numa tentativa desesperada em flagrar alguma contradição da minha parte.

Odeio quem prefere passar vontade a gastar um dinheiro com boa culinária.

Odeio gente mesquinha, sovina e mão-de-vaca, inclusive.

Odeio spam.

Odeio puta que se converte e se faz de santa.

Odeio quem é conhecidamente biscate, mas faz a virgem.

Odeio melindrosos.

Odeio cara de dó.

Odeio cheiro de mexerica dentro do ônibus.

Odeio cheiro de banheiro de ônibus.

Odeio quem bebe e fica chato. Ou valentão.

Odeio quem exclui perfil do Orkut e, pouco tempo depois, aparece pedindo pra adicionar de novo.

Odeio filmes onde o protagonista é um bicho.

Odeio quem escolhe nome pros filhos porque está na moda. E se esquece que um dia eles ficarão adultos e passarão por situações constrangedoras.

Odeio quem enfeita demais a grafia do nome dos filhos. E se esquece que toda vez em que eles forem se apresentar, terão de soletrar.

Odeio as novelas de Glória Perez. E as Helenas de Manoel Carlos.

Odeio o Charles Henrique e o tal ursinho do Pânico.

Odeio o Proteste Já do CQC.

Odeio scraps animados, Fazenda, Colheita e Inferno Feliz do Orkut.

Odeio quem acha um absurdo eu falar, caminhar e viajar sozinho.

Odeio quem acha que jogar Magic é coisa de criança - mesmo tendo parado de jogar há anos.

Odeio a ideia de viver num páis onde um presidente alcóolatra e analfabeto sancionou a Lei Seca e a Reforma Ortográfica.

Odeio a sensação de estar contribuindo para o sustento de milhares de vagabundos.

Odeio quem pensa que quem fica pelado em Tambaba tem que, necessariamente, ficar de pau duro.

Odeio cerveja barata.

Odeio ficar de ressaca.

Odeio engolir a bala inteira.

Odeio aquele palito de sorvete na caipirinha da praia.

Odeio quando o Fotolog não carrega foto.

Odeio quando acaba a pilha do MP3 e eu percebo que não tenho uma reserva.

Odeio quando acaba energia elétrica.

Odeio sair na chuva e molhar a barra da calça.

Odeio quando me olham como uma aberração, pelo mero fato de a quilometragem do meu carro ser baixa.

Odeio quem vira fã de uma música só porque toca na novela das oito, mas não tem ideia do nome do artista, ou da própria música. "Aquela lá do Gianechinni!"

Odeio o povo achar engraçado votar no Tiririca.

Odeio quem se atropela em inauguração de loja, só pra pegar uma bexiga.

Odeio quando encontro estrangeiros nas viagens, me dá branco e não consigo falar inglês.

Odeio quem me critica por querer ficar mais dias no mesmo lugar.

Odeio quem me critica por querer voltar, pouco tempo depois, pro mesmo lugar da última viagem.

Odeio quem faz cara de bosta quando digo que entro trabalhar meio-dia.

Odeio ter gasto a maior grana em equipamentos de exercício, quando caminhar é muito mais prazeroso. E totalmente free.

Odeio vampiros que andam de dia.

Odeio filme dublado.

Odeio quem tira foto com as mãos na cintura.

Odeio quem acha que praia é tudo igual. Não é.

Odeio quem faz escândalo por causa de barata, lagartixa, borboleta ou qualquer outro ser insignificante.

Odeio reformas em casa.

Odeio torneira pingando.

Odeio quando o chuveiro esquenta - ou esfria - absurda e repentinamente.

Odeio dormir com apenas um travesseiro.

Odeio o fato de ter completado trinta anos e não ter sido capaz de ir pra Europa.

Odeio os exageros visuais dos rappers norte-americanos.

Odeio quando deixo scrap perguntando alguma coisa e não obtenho resposta.

Odeio quando digo que fiz faculdade de jornalismo, mas sou funcionário do Judiciário, e me olham com um olhar de "ih... jogou dinheiro fora".

Odeio que me parabenizem antes do dia do meu aniversário.

Odeio quando cobram de mim demonstrações de afeto.

Odeio cabelo na comida.

Odeio beijar na boca e ganhar um cabelo de 'brinde'.

Odeio chá de boldo.

Odeio quem, mesmo sabendo o que deve ser feito, pergunta como faz para, caso algo dê errado, tenha em quem jogar a culpa.

Odeio cheiro de fumaça das queimadas na roupa.

Odeio apartamento sem sacada.

Odeio quem mija e não dá descarga.

Odeio quando o sabonete cai em cima do ralo.

Odeio desfazer a mala.

Odeio minha mania de organização.

Odeio ser tão ansioso a ponto de não poder fazer mais nada pois já está tudo adiantado.

Odeio quando cometo erros no serviço.

Odeio chegar atrasado.

Odeio ligar em central de adentimento de banco.

Odeio o fato de ainda não ter cacife para morar sozinho.

Odeio não conseguir guardar dinheiro na poupança.

Odeio bege.

Odeio morar tão longe de aeroporto.

Odeio sentir saudades de quem mora longe.

Odeio quem diz que gostaria que as praias fossem azulejadas. Quanta ignorância...

Odeio quando sento pra fumar e percebo que o maço está vazio.

Odeio a 'pelinha' que se forma no canto dos dedos.

Odeio comer pimentão e ficar arrotando o gosto pelo resto do dia.

Odeio o 'day after' depois de passar o dia comendo churrasco.

Odeio quando a pimenta 'sai' do organismo.

Odeio quem deixa de me cumprimentar com o mesmo entusiasmo de antes só porque começou a namorar.

Odeio frutas que amarram a boca.

Odeio aftas.

Odeio mau cheiro vindo de pessoas. Qualquer um...

Odeio quem fala que 'gravidez não é doença', mas se mata pra conseguir um atestado.

Odeio quem bebe, faz cagada mas não assume; diz que a 'bebida é traiçoeira'.

Odeio quem comete erros absurdos no português.

Odeio quando o DVD trava.

Odeio quem reclama do trabalho que tem, mas se caga de medo de pedir demissão.

Odeio o fato de não ter o sobrenome da minha mãe.

Odeio que me chamem de Jeff.

Odeio que escrevam meu nome com um 'f' só.

Odeio formalidades desnecessárias.

Odeio comer caranguejo.

Odeio meu cabelo pela manhã.

Odeio pernilongos.

Odeio filmes com finais óbvios.

Odeio a maioria dos vídeos de stand-up comedy que circulam pela net.

Odeio as provas da Fundação Carlos Chagas.

Odeio fio-dental usado em cima da pia.

Odeio a falta de espaço no meu guarda-roupa.

Odeio a confusão que a reforma ortográfica fez na minha cabeça.

Odeio ter milhões de recursos na minha máquina fotográfica mas não ter paciência pra usá-los.

Odeio o fato de ser tão x(ch?)ucro a ponto de ter quebrado um dos DVDs de Nip/Tuck, ao tirá-lo da embalagem.

Odeio ter preguiça de procurar no dicionário a grafia correta de xucro/chucro. hahahaha.

Odeio as horas impróprias em que aparece a solicitação de atualização do Firefox.

Odeio versões ao vivo de músicas, mesmo que sejam das minhas bandas favoritas.

Odeio o fato de Paris estar tão longe.

Odeio não ter tido a ideia para Harry Potter antes da J.K. Rowling.

Odeio que debochem do meu sotaque interiorano.

Odeio a mulher que foi comprar um pacote de goiabada em pleno jogo do Brasil na Copa do Mundo.

Odeio programas de TV flopados. Ninguém virou ídolo em 'Ídolos", ninguém ficou famoso em 'Fama' e nenhuma top model surgiu em 'Brazil's Next Top Model'.

Odeio as propagandas dubladas do Polishop e similares.

Odeio o fato do blog da Rosana Hermann ter ido para o portal da Record.

Odeio ainda não terem produzido a segunda temporada de "Descolados" na MTV.

Odeio o Agostinho Carrara.

Odeio quando especulam sobre a minha vida, mas não têm a decência de me perguntar diretamente.

Odeio quem, quando chego de viagem cheio de coisas pra contar, só quer saber se eu beijei muito.

Odeio quem ignora a imensidão do mundo e vive exilado numa redoma de mediocridade.

Odeio dependentes emocionais.

Odeio quem chora para esconder a falta de argumentos. Afinal, os chorões sempre se tornam os coitadinhos da história.

Odeio a minha tendência em ser claustrofóbico.

Odeio quem fala de coisas que fez há trocentos anos como se as tivesse feito ontem.

Odeio quem fala nas entrelinhas.

Odeio óculos escuros de armação branca.

Odeio ter que dobrar a barra da calça, pra ela não parar debaixo do sapato.

Odeio 'erros de cumprimento'. Quando vou dar apenas um beijo, a pessoa vira o rosto esperando pelo segundo. Ou quando estendo a mão e a pessoa me abraça. Ou vice-versa.

Odeio piadas infames. "Ganhei um cinto... Um sinto muito".

Odeio pernósticos.

Odeio quem, não podendo, faz pitudice.

Odeio quem, por não saber o que significa 'pitudice', vai pensar babaquices a meu respeito.

Odeio saber que jamais existirá outra Odete Roitmann.

Odeio nunca ter terminado o Super Mario.

Odeio não ter o que fazer.

Odeio não poder viajar com mais frequência.

Odeio não conseguir memorizar o significado de algumas palavras, por mais que eu as pesquise no dicionário.

Odeio A Praça É Nossa.

Odeio as atuações do Ben Stiller.

Odeio quem me escreve no Orkut pedindo dicas de viagem mas não desbloqueia os scraps para que eu possa responder.

Odeio o barulho de marteladas que o vizinho faz todos os dias pela manhã.

Odeio novelas mexicanas.

Odeio as músicas depressivas da Alanis.

Odeio a mania de grande parte dos brasileiros em 'glamourizar' a probreza, a ignorância, a incompetência. Ser pobre é 'cool'. Ter grana é demoníaco.

Odeio quem me diz pra aproveitar a vida enquanto estou solteiro. Como se casamento fosse uma consequência natural da vida, feito o envelhecimento e a morte. Não é.

Odeio ter que esperar meses pela próxima temporada de True Blood.

Odeio perceber os efeitos do tempo na minha imagem refletida no espelho.

Odeio famosos que viraram crente.

Odeio não poder ficar invisível, às vezes.

Odeio saber que Lost acabou e não explicou porra nenhuma dos mistérios que apresentou.

Odeio não morar na praia.

Odeio não ter cinema na cidade onde moro.

Odeio não ter um irmão gêmeo idêntico.

Odeio ter perdido contato com tanta gente bacana que conheci viajando.

Odeio quando mudam de telefone/endereço e não me avisam.

Odeio a falta que me faz a rotina de ver todos os dias minha turma de faculdade.

Odeio saber que nunca poderei reunir no mesmo lugar TODAS as pessoas que fizeram e fazem parte da minha história...

Odeio, de antemão, todas as pessoas que, por não concordarem com algumas - ou todas as - coisas que escrevi acima, se acharem no direito de me chamar de todos os 'nomes feios' possíveis e imagináveis. O blog é meu, as opiniões são minhas e quem chegou até aqui foi porque se interessou por elas. Ninguém é obrigado a concordar. Mas a me respeitar, sim.

E odeio o fato de terminar esse post com a sensação de que ainda faltaram muitas coisas pra completar a lista...




quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Que definição...

“A inveja é a religião dos medíocres. Ela os reconforta, responde às angústias que os devoram por dentro; apodrece suas almas, permitindo que justifiquem sua própria mesquinhez e cobiça, até o ponto de pensarem que são virtudes e que as portas do céu se abrirão para os infelizes como eles, que passam pela vida sem deixar outro rastro senão suas toscas tentativas de depreciar os demais, de excluir e, se possível, destruir quem, pelo mero fato de existir, coloca em evidência sua pobreza de espírito, de mente e de valores. Bem-aventurado aquele para quem os cretinos ladram, pois sua alma nunca lhes pertencerá”. Carlos Ruiz Zafón – O Jogo do Anjo