sábado, 29 de dezembro de 2007

ILHA DO MEL

Então, fui pra Ilha. De todas as viagens que fiz, essa foi a que eu menos planejei, pesquisei ou imprimi informações/dicas sobre o lugar. Sei lá, achei que pelo menos uma vez deveria conter minha meticulosidade e deixar as coisas rolarem mais ao acaso. Foi bom ter feito isso, pois mostrou que não é preciso ser tão sistemático. Correu tudo bem. Aliás, tudo maravilhosamente bem. Até agora não consegui achar um motivo pra explicar o porquê de tanto encanto. Sério. Toda hora que eu me lembro da Ilha, me dá uma vontade louca de voltar pra lá. Não vou dizer que é meu lugar preferido, porque cada um dos que eu visitei tem a sua beleza, suas características, não dá pra preferir um ao outro. Dizem na Ilha que na Gruta das Encantadas, sereias atraíam marinheiros com seu canto. Entrei na Gruta, mas não vi nenhuma sereia. Será que mesmo assim fui 'enfeitiçado'? Vai saber... Dessa vez não fiz nenhuma turma - como aconteceu em Bonito e Jeri - mas mesmo assim, me senti super bem. Talvez estivesse precisando mesmo desses dias sozinho. Se bem que, duvido muito que fosse encontrar alguém disposto a me acompanhar nas caminhadas que fiz. Entre ida e volta da Fortaleza, por exemplo, foram quase cinco horas e praticamente vinte quilômetros. Suei à beça. Mas me senti mais livre do que nunca. Não quero dizer que tenha ficado cem por cento do tempo sozinho. Tinha o Roberto, chileno de Santiago que chegou no mesmo dia que eu e que estava lá pra trabalhar no Hostel - aliás, o Zorro é ótimo (Zorro é o nome do albergue). Na noite do dia 24, surgiu a turma de Rio Preto - Rafael, Ricardo e respectivas namoradas - que me chamaram pra passar a virada junto com eles. Eu topei. Viramos a meia-noite sentados no deck da pousada, sobre uma manta, com uma garrafa de Coca-Cola e um pacote de Ruffles. Nada de ceia, peru, farofa, panetone e mais o raio que o parta. E querem saber? Foi muito bacana. Afinal, não fui lá pra comemorar o natal - coisa que há muito tempo não faço, perdeu a graça. Mas, já que me convidaram, não tinha como dizer não. E pra completar, tive a prova cabal de como esse mundo é pequeno. Mesmo. Encontrei lá na Ilha o Luiz de Florianópolis. Para os que estão chegando agora, o Luiz dividiu o quarto comigo no hostel em Jericoacoara nos cinco dias em que fiquei lá, em agosto deste ano. Pois então, fui almoçar no restaurante ao lado do albergue, eis que encontro o cara lá, com a família e tal. Não é impressionante? Bom, pelo menos eu fiquei impressionado com tamanha coincidência. Amei a Ilha. Tudo nela me encantou: a natureza abundante e belíssima, as praias calmas e limpas, água na temperatura ideal, trilhas e mais trilhas que te levam a todos os lugares - mesmo algumas sendo de difícil acesso - e bem sinalizadas, o sossego e hospitalidade do povo e, principalmente, a extrema sensação de liberdade que minha estadia lá me proporcionou. Engraçado isso, a vez que talvez eu tenha me sentido mais livre na minha vida - livre dos compromissos, dos horários, da enfadação dos fanáticos, dos cachorros dos vizinhos, do choro das crianças mal-criadas, do "ter que fazer isso ou aquilo", do "eu não quero ir pra lá, prefiro ir pra cá" - foi justamente numa ILHA, cercado por todos os lados. Paradoxo? Ironia? Dê o nome que quiser. Só sei que foi assim. Enfim, é isso. Minha quinta viagem sozinho. Quinto novo destino que conheci. Esse ano não dá mais. Mas no ano que vem, certamente novos lugares virão - ou melhor, eu irei até eles. Feliz 2008!!

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

HO, HO, HO!!
A barba do papai-noel pinica?
O saco dele é muito grande?
Ele é amigo do Michael Jackson?
Ele ama as cirancinhas, DE VERDADE?
Analise a imagem e decida:

Não entendo por que existem mães que acham lindo entupir seus filhos de comida.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

'PRÉSTENÇÃO!'
Eu não conheço nenhuma Adrelina. Você conhece? Queria saber se é bonita.


domingo, 16 de dezembro de 2007

sábado, 8 de dezembro de 2007

E LÁ SE VÃO CINCO ANOS

Sabe aquele lance do "parece que foi ontem"? Soa muito 'chavão', mas é verdade. Cinco anos que me formei em Jornalismo, na Unimep de Piracicaba. Mas cinco anos da formatura. No total, faz praticamente NOVE anos que eu conheci um grupo de pessoas - pra dizer numa palavra - inesquecíveis. Me lembro que quando as aulas começaram, eram quase oitenta alunos na sala. Logo no primeiro semestre vários saíram: uns mudaram de curso, outros de faculdade e ainda aqueles que simplesmente desistiram. Isso sem contar aqueles que estudaram com a gente apenas por um semestre, pra tirar a fatídica DP. Quando entrei, não conhecia ninguém na sala. Pode parecer óbvio, mas em se tratando de uma faculdade tão próxima à minha cidade e onde a maioria dos universitários estudava, isso era um pouco incomum. Isso sem contar na 'fobia social' que me afligia na época. Tá, estou exagerando. Não era nada de síndrome do pânico mas pra mim era tudo muito novo, afinal, até então, eu só tinha vivido na minha cidade, trabalhado e estudado perto da minha casa. E eu confesso, demorei bastante pra amadurecer e fazer parte do mundo todo, não só do meu. Enfim, agora que já passaram cinco anos desde a minha formatura, bateu aquela vontade-clichê de rever fotos, relembrar momentos, coisa e tal. Por isso esse post de hoje. Relembrar. É claro que não pretendo resumir os quatro anos da faculdade aqui.
Me lembro das brigas - óbvio - com o Eric por causa dos sem-terra: sai da saula atrasadíssimo, quase perdi o busão; com a Gerusa depois que tirei sarro do tênis dela, que parecia uma chuteira, e ela me dando um puta esporro no corredor, pleno sábado à tarde, e todo mundo olhando pra mim. Teve ainda o tapa na cara - sim, até isso teve! - que eu levei da Ana, de novo no meio do corredor, o que lhe custou minha amizade (ela ainda quis que eu voltasse a falar com ela depois... juro!). Mas não passei os quatro anos arranjando treta não! Fiz muitas amizades que perduram até hoje. Vivi coisas totalmente novas, como a viagem para o Enecom, no ano 2000, em São Leopoldo/RS. Fomos eu, Kellen, Lorenza, Stella, João Paulo, Danilo, Killer, Marianas (as duas), Priscila, Renata e mais um monte de gente. Muito frio, dormimos no chã do ginásio da Unisinos, banho em banheiro coletivo - sem box, a Kellen morrendo de frio e pedindo socorro para a tia dela que mora em Porto Alegre, isso sem contar na cena antológica dela fazendo chapinha no salão da universidade. Hilário. Teve também a minha saída solitária para assistir Pânico 3 no cinema, onde voltei à noite, sem ter avisado ninguém. Todos preocupados e eu nem 'tchun'. Vai ver foi aí que o vírus do viajante solitário começou a se instalar em mim - e ele viria a causar efeitos maiores sete anos depois.
Isso sem contar os churrascos, os trabalhos intermináveis - muitos pareciam impossíveis, os 'altos papos' na galeria, o doce da Zuleika, as meninas jogando truco (até hoje não aprendi), e muitas, mas muitas outras coisas e 'causos' que preencheriam as páginas de um livro.
Bom, é isso. O que importa é que após tanto tempo, me sinto um privilegiado. E não foi por causa da profissão - nunca usei meu diploma. Mas sim pelos amigos que fiz. Conheço muita gente que fez faculdade, mas, sem exagero, eu pareço ser o único que conseguiu manter contato e reencontrar (com rara freqüência, reconheço) os antigos colegas de classe. Prova disso é que no próximo dia 15 vou para mais um reencontro. Dessa vez para celebrar os cinco anos da formatura. Mas eu prefiro celebrar os oito anos de amizade. Sinceramente, não sei como seria minha personalidade hoje se não tivesse vivido a experiência da faculdade. Acredito que ela muda qualquer um. E eu tenho a certeza que também mudei. Muito. Pra melhor.
Corredor do bloco 8 (ou seria 3?), primeiro semestre da turma de Jornalismo do ano de 1999.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Natal longe de casa

Depois de 27 anos, é a primeira vez que vou quebrar a 'tradição' de passar o natal por aqui e vou pra longe. Já faz algum tempo que papai-noel, pinheiros, bolas coloridas, luzes e toda a parafernália natalina perderam o encanto. Aliás, que eu me lembre, só tinham graça mesmo quando eu era criança - época em que a gente acha tudo que brilha impressionante. Resolvi mudar dessa vez. Já que o dia 25 vai cair numa terça-feira, e eu FINALMENTE não vou ter que trabalhar às vésperas do natal, seria até injusto ficar mofando em casa. Na verdade, eu não iria. Mais por questão de economia do que qualquer outra coisa. Mas, depois da experiência de ter ficado em casa os quatro dias do feriadão de novembro - ainda bem que pelo menos uma noite meus amigos me salvaram e me levaram pra Piracicaba - percebi que mais uma dessa e eu acabo estrangulando um. Muitos podem achar insensibilidade da minha parte, viajar sozinho justo nessa época do ano. Eu também acho o Lula um ignorante mas, mesmo assim, ele ganhou duas vezes as eleições. Ou seja, cada um com seus 'pobrema'. E pra onde eu vou? Quase esqueço de mencionar. Desde o começo do ano, quero ir pra Parati, mas sempre acabei escolhendo outro destino no lugar. Dessa vez, fiz a mesma coisa. Quando estava prestes a reservar o albergue de lá, mudei de idéia e acabei optando pelo Zorro Hostel, Ilha do Mel, Paraná. Como sempre estou no Orkut atrás de dicas e opiniões sobre locais que têm albergues, já havia lido várias coisas sobre o lugar. Acrescente-se a isso o fato de ser muito fácil ir até Curitiba (cidade que eu simpatizei muito!) e de lá para a Ilha. Mesmo sendo poucos dias, acredito que vou aproveitar bastante o lugar. Pelo menos tenho a certeza que me fará muito bem ir pra lá do que ficar aqui. É isso. Curtam a paisagem: