sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Cataratas do Iguaçu e Usina de Itaipu

Sem dúvida, uma viagem memorável. A perfeita fusão da inteligência do homem com a força da natureza. Todos os brasileiros deveriam ser obrigados a conhecer tais lugares. Vão já!

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Um mês

Pois é, amanhã trinta dias exatos desde a cirurgia. Hoje tive retorno no oftalmo. Fiz uma nova ceratoscopia (exame que mede a curvatura da córnea) e ficou constatado que meu grau zerou mesmo! E o mais importante, a recuperação foi um sucesso, nas palavras do médico mesmo. Tanto é que, normalmente, os retornos são após, 30, 90 e 180 dias da cirurgia. Como comigo está tudo excelente, ele decidiu que só devo retornar depois do prazo de seis meses, pude "pular" o retorno dos três meses. Bom hein?

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Uma semana

Só pra dizer que está tudo ótimo, melhor impossível. Tá tão bom que preciso me policiar pra não esquecer de pingar os colírios, pra não coçar os olhos e colocar os tampões antes de dormir. Sim, pq enquanto sentimos dor ou qualquer outro incômodo, sabemos dos cuidados que temos que tomar pra que tal sensação acabe. Como não sinto nada, as precauções acabam parecendo não mais necessárias. O que não é verdade.

Porém, talvez pra justificar esses dias de folga, peguei uma gripe tão lazarenta que tá foda. O nariz não desentope e a garganta parece mais a de um dragão, de tanto que queima. Fazer o que né?

sábado, 4 de julho de 2009

3º dia

Cada vez melhor. Nada de ardência, coceira e muito menos dor. Saí de carro, bebi cerveja, assisti filme com a luz apagada (antes, se eu fizesse isso de lente, tava ferrado). Até a visão no computador já tá bem melhor. A única coisa que ainda não está igual antes é a visão dos faróis dos carros, continuam 'estourados', brilhantes demais. Mas, apenas três dias depois da cirurgia, acho que estou querendo muito né? Cada coisa no seu tempo.
Só pra lembrar: valeu cada centavo investido! Sim, pq é mais do que uma despesa, é um investimento pra sempre.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Pós-operatório, 2º dia.

Ontem voltei ao médico já para o primeiro retorno. Segundo ele, tudo o que está acontecendo é normal, a sensação de cansaço e ressecamento nos olhos durante a noite, o embaçamento perto do computador, a impressão de que um olho está mais embaçado que outro ou ainda a visão "estourada" das luzes dos carros. Ele também fez o teste de leitura, sem o uso de qualquer lente, só pra saber a quantas andava minha visão. Li tudo o que ele colocou na parede e ele me disse que está ótimo. Disse, inclusive, que de todos os que foram operados no mesmo dia, eu é quem estava com a visão mais apurada. Bom né?
Acho que isso se deve ao fato de eu passar bastante tempo dormindo, umas dez horas por dia, no mínimo.
No mais, nada a acrescentar. Ainda não lavei totalmente a cabeça, estou seguindo todas as recomendações com relação aos colírios, limpeza, uso do tampão e tal. Voltarei na clínica daqui quatro semanas, pra uma nova consulta e novo exame.
Pra finalizar, o médico disse que tudo vai estar totalmente estabilizado daqui a uns seis meses. Mas isso no que se refere à estrutura interna do olho, a total regeneração e tal, pq no que se refere à visão, se agora eu já estou assim, com apenas três dias da cirurgia, a tendência é que até a próxima consulta esteja tudo como era antes - senão melhor.


quarta-feira, 1 de julho de 2009

O DIA D

Vamos aos detalhes então:

Como o médico atende em Tietê mas a cirurgia é feita no Albert Einsten na capital, fomos num grupo de oito míopes. Como a maioria era de mulheres - seis - quando perguntaram quem seria o primeiro, começou aquele 'ai, eu não'. Lógico que eu levantei o braço e me candidatei, afinal estava lá pra isso e se era pra fazer, que fosse logo.
Depois de devidamente uniformizado, com a touquinha, o avental e, mais importante, sem os óculos, entrei na sala de cirurgia. Já deitei na mesa e o enfermeiro pingou anestésico nos dois olhos de uma vez. Logo depois, pingou de novo e aí começou todo o procedimento.
- Primeiro, um tecido esterilizado no rosto, deixando à mostra apenas o olho a ser operado
- Foi colocado um esparadrapo em cada pálpebra para que eu não as fechasse;
- Fizeram a assepsia com sei lá quais produtos;
- Aí vem o instrumento que segura o olho aberto, não senti nada ao colocarem;
- Depois, vi se aproximando um objeto que mais parece uma garra minúscula, o qual não tenho ideia pra que serve. De novo, não senti nada.
- Em seguida o médico avisa que eu iria sentir uma pressão no olho e aproxima um objeto circular. No olho direito não senti pressão nenhuma, já no esquerdo até que senti, mas foi de leve.
- Agora, começa a parte interessante. A córnea é cortada, a 'lamela' levantada (parece que estão virando uma página dentro do seu olho) e só aí é que a visão fica bem turva, quase impossível de enxergar.
- Logo depois, o médico avisa que vai começar o laser e me instruiu a continuar olhando para a luz de fixação. É a luz vermelha e intermitente para qual eu fiquei olhando desde o início da operação, mas agora ela para de piscar e fica totalmente acesa. Quando começa, a máquina dá um estralos que me assustaram na hora, mas como não durou mais do que vinte segundos de laser, sosseguei rápido. Ele também avisou do cheiro de queimado que eu iria sentir e é verdade, senti mesmo, mas bem fraquinho (eu achei que seria muito forte).
- Imediatamente após, ele já começou o procedimento para fechar a córnea e eu vi tudo outra vez, o movimento de página virando, os intrumentos mexendo para colocar exatamente no mesmo lugar e todos os passos da limpeza, com os cotonetes e tal.
- O procedimento no olho esquerdo começou imediatamente depois, não deu tempo nem de 'molhar o bico'... rsrsrs
- A mesma coisa, só senti um pouco mais de incômodo na hora da 'pressão' e também na hora na higienização (ardeu) do que no olho direito. Talvez o efeito do anestésico estivesse passando. Mas não foi nada horrível ou doloroso. Só senti mesmo pq no direito não tinha sentido absolutamente nada.
- Terminada a operação, saí da mesa enxergando muito embaçado e fui pra uma salinha com a outra médica, onde só vinha a luz da janela por trás da cortina, pois a sensibilidade à luz fica gigante. Ela me passou as orientações do pós e já pingou os dois colírios indicados (os quais precisei comprar antes e levar junto para a cirurgia).
- Finalmente, fui pra uma outra sala, também com as luzes apagadas e com cadeiras confortabilíssimas, para aguardar todos os outros serem operados. Por cerca de uma hora, não conseguia abrir os olhos, tanto pela sensibildade à luz que vinha do corredor, tanto pela sensação de ardência nos dois olhos. Aos poucos os olhos pararam de arder e, assim que estávamos prontos para vir embora, não sentia mais nada, até a sensibilidade tinha melhorado bastante. Só a visão estava ainda bem prejudicada, mas boa parte por causa do tampão de proteção que me colocaram que, apesar de transparente, não ajudava muito não.

Considerações finais:
- A cirurgia não dói nada! O incômodo é muito maior no pós do que no ato propriamente dito.
- Valeu muito a pena eu pesquisar bastante antes pra perder o medo. Assim, eu pude ficar desencanado e até curtir a operação. Verdade! São imagens bem bacanas ver aquele monte de treco tão próximo e não sentir nada, nem uma cócega sequer.
- Me disseram que eu sairia da mesa enxergando tudo: isso é mentira. Demorei bem pra ver com bastante nitidez.
- Também me disseram no hospital que eu deveria ter levado um acompanhante, pois seria muito difícil eu me locomover sozinho. Outra mentira. Talvez pra quem acaba se ser operado e já quer sair aconteça isso. Mas como eu tive mais de uma hora pra descansar, passei tranquilo pelos corredores.

E o pós-operatório?
Bom, quando cheguei em casa, fui tomar banho sem tirar os tampões. Mesmo sem lavar a cabeça - o que não posso fazer por cinco dias - preferi não arriscar. Logo depois, tirei a proteção, limpei com a gase e o soro e pinguei os colírios. Não consegui ficar na sala por causa da luz e fui pro quarto, deitar no escuro. A melhor coisa que fiz. Enrolei até a hora de pingar de novo os colírios e aí fui dormir. Depois que achei uma posição confortável, dormi muito bem a noite toda.
Hoje já levantei, limpei os olhos de novo, pinguei os colírios e saí no quintal para poder olhar, finalmente, o mundo com os novos olhos. Apesar de ainda estar sensível à luz, foi uma sensação ótima!
Passei o dia em casa, vi TV, fiquei um pouco na net e não tive qualquer incômodo. Os olhos não estão vermelhos, consegui controlar os impulsos de coçar, pinguei os colírios certinho nos horários e estou vendo tudo!!

Enfim, é isso. Amanhã já tenho um retorno com o médico para ver como anda a cicatrização. No que depender de sintomas, estou ótimo. Mas, olho é muito sensível e é melhor não abusar. E eu não vou abusar mesmo.

Amanhã posto mais.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

O PORQUÊ DA CIRURGIA

Amanhã, 30 de junho de 2009, finalmente me libertarei dos óculos e das lentes de contato. Passarei pela cirurgia de miopia. Desde que ouvi, há muito tempo atrás, que esse tipo de situação passou a ser reversível através de uma cirurgia, a ideia vem rondando minha mente. Porém, naquela época era tudo muito distante, seja pelo caráter até então experimental - o que causava medo - ou pelo lado financeiro, o que se tornava tudo inviável. Passados todos esses anos, como acontece com tudo, os custos diminuíram, a técnica se modernizou e, finalmente, tornou-se acessível.
Se estou com medo? Não mais. Essa não foi uma decisão impulsiva, pensei muito antes de tomá-la. Enquanto tinha medo, sequer considerava a hipótese; mas, depois de parar de bancar o ignorantão, pesquisei, perguntei, li muito sobre e vi que não é nem de perto o bicho de sete cabeças que eu achei que fosse. É claro que riscos existem, assim como todo e qualquer procedimento cirúrgico, mas eu estou seguro de que são mínimos. Além do que, como bem disse minha mãe, na maioria das cirurgias o risco não está no ato em si, mas sim em seguir à risca as orientações do pós-operatório, ou o 'resguardo'. Concordo. Por isso vou fazer tudo que me for recomendado - e um pouco mais.
Pra variar, escrevi um monte mas ainda não dei os motivos. Então, aqui vão algumas coisas que mudarão na minha rotina a partir de amanhã:
- Poderei dormir no sofá assistindo TV sem me preocupar em entortar a armação, machucar o rosto ou correr o risco de ficar com a lente colada no globo ocular;
- Nas minhas próximas viagens noturnas poderei, ao chegar pela manhã no destino, 'sacar' meus óculos escuros sem ter que, antes, procurar um lugar decente pra colocar as lentes;
- Abrir os olhos debaixo d'água, entrar no mar sem medo de levar um caldo e ficar 'cegueta';
- Preencher a face de álcool (como diria Fábião do Morróida) e dormir no sofá dos amigos, na rede do albergue ou, porque não, no carro mesmo; (não se preocupem, não tenho intenção de me tornar um alcoólatra...);
- Enxergar o tamanho real da TV e do monitor do computador. É isso mesmo, os óculos diminuem a dimensão das coisas. Com as lentes enxergo tudo na sua devida proporção, mas com menos de dez minutos em frente ao computador, com elas, minha cabeça parece que vai explodir;
- Nunca mais precisarei ficar conferindo, antes de sair de casa, se estou levando na mochila ou no carro o 'kit de sobrevivência': soro, solução pra guardar e estojo das lentes;
Enfim, se for enumerar mesmo todos os motivos, posso escrever um enciclopédia.
O fato é que, como disse uma amiga minha, aos poucos vou conseguindo realizar sonhos e vontades que há tempos vinham me seguindo mas, que por 'n' razões, não conseguia torná-las reais. Pra muitos, essa cirurgia pode parecer mero capricho estético, frescura, fogo no cu ou pitudice. Não é.
É o fato de estar de saco cheio dessa paranóia, desses cuidados, ainda que tais coisas nunca tenham me impedido de fazer o que quer que fosse. E tem mais, daqui alguns anos a tal da vista cansada vai bater à minha porta e a última coisa que eu quero é ter que ficar com DOIS óculos, um no rosto e outro na cordinha, pendurado no pescoço. Pra longe, usa um. Vai ler, 'espere um segundo até que eu troque meus óculos'. Ou ainda, a opção daqueles multifocais gigantes.
Não, obrigado.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Copiando e colando

"É muito melhor arriscar coisas grandiosas, alcançar triunfo e glória, mesmo expondo-se à derrota, do que formar fila com os pobres de espírito, que não gozam muito e nem sofrem muito, porque vivem na penumbra cinzenta que não conhece nem vitória, nem derrota". (Theodore Roosevelt)

Às vezes acontecem coisas que, na hora, eu penso: "Vai pro blog". Mas depois que esfria, me dá um preguiça de sentar e desenvolver o texto... Acho que isso é trauma da faculdade. Tive que escrever tanto, mas tanto que só de pensar em fazê-lo me dá calafrios. Atualmente só faço ler os textos da net - e ainda assim os mais curtos possíveis.


Sendo assim, quando me ter na telha, vou jogar algumas frases e/ou textos copiados de outros lugares. Até a inspiração vir de vez.


*Acabei de descobrir que o blog não aceita que eu copie e cole do Word...

quarta-feira, 25 de março de 2009

Primeiro de 2009

Quando disse que seriam apenas desabafos sazonais, confesso que nem eu achava que seriam tão sazonais assim...

Anyway, aqui estou. Com tanta coisa pra dizer mas, ao mesmo, um tanto quanto desanimado em fazê-lo. O motivo? Vai saber...

Como todos sabem, foi em 2006 que fiz a minha primeira viagem sozinho. (Esse assunto de novo? Sim, sempre ele). Depois da primeira, fiz várias outras, sempre em lugares novos e sempre encontrando pessoas das mais diversas pelo caminho. Por mais que tais experiências tenham me feito bem - e não tenham dúvida disso - elas trouxeram consigo um pequeno revés: o de perceber o quão medíocre a vida pode se tornar, se você não se esforçar pra que isso não aconteça.

Eu explico.

Antigamente, a vida se resumia naquela velha trajetória, seguida pela maioria das pessoas. Estudar (nem sempre), conseguir um emprego que te sustente - mesmo que não te satisfaça - comprar um carro, casar, ter filhos, levar os mesmos pra comer churros na festa de São João, trabalhar ainda mais pra bancar a vida deles, envelhecer, morrer.

Estão errados? De jeito nenhum. O problema - pra mim - é que esse não é o único caminho a ser seguido. Existe uma infinidade de possibilidades. O foda e saber enxergá-las e escolhê-las com sabedoria. O mais foda ainda é você conseguir ver, ou ao menos imaginar, qual caminho você quer seguir mas não poder fazê-lo por falta de grana - ou de coragem. Quem aqui nunca teve um rompante de mandar tudo tomar no cu e sumir? Quem nunca quis levantar o dedo médio pra meio mundo e estar pouco se lixando para as consequências? Pois é, mas não dá pra fazer isso. Infelizmente. Exemplo: ao mesmo tempo que a responsabilidade, o compromisso, a rotina do seu emprego te impeça de fazer várias coisas, sem ele você não teria como fazê-las. Irônico né?

E, outra coisa, não é suficiente apenas você saber o que quer da vida e planejar, batalhar pra que tal coisa aconteça. Até o desejo se realizar, existe um tempo, uma espera, que precisam ser preenchidos com coisas menos significativas, mas necessárias. O salário chega todo mês, mas antes dele você tem que aguentar o nem sempre agradável ambiente de trabalho. O final de semana com amigos chega toda sexta-feira, mas desde a segunda-feira você tem que tolerar pessoas não tão desejáveis à sua volta. E por aí vai.

Voltando ao revés da viagem. Ao conhecer cada vez mais e mais pessoas, você se dá conta de como, muitas vezes, você não sabe nada de nada. Que existem muito mais informações do que você imagina. Que um sorriso sincero, um abraço fraterno, não precisam vir exclusivamente de alguém de sua família. Que as amizades podem sim surgir num curto período de tempo e durarem o resto da vida; assim como outras amizades podem surgir em função de uma convivência obrigatória - escola, trabalho - e sobreviverem ao fim de tais eventos, pois se mostram superiores à convenção social dentro das quais nasceram.

Ou então...

Você se torna capaz de perceber como tem gente que perde tempo com bobagem - e como você já perdeu tanto tempo com bobagens. Perceber que existem pessoas que se julgam felizes pois acreditam que possuem tudo o que sempre desejaram mas que, na verdade, não passam de uma farsa. Aliás, ô bicho esse tal de ser humano hein? Tá pra nascer ser vivo mais egoísta, egocêntrico, irascível, hipócrita, cínico. Não vou entrar aqui em pormenores desnecessários como política, religião, pois ando meio sem estômago pra isso ultimamente. Mas é impressionate a quantidade de pessoas que só sabem enxergar o próprio umbigo diante dos olhos.

Nunca fui santo e jamais o serei. Também não participo de programas de doações, asistência e sei lá mais o quê. Mas eu acredito ter aquilo que falta em muita gente: empatia. Sabem o que significa? É a capacidade de se colocar no lugar do outro ou, como dizem os americanos, "wear someonelse's shoes". Ou ainda, como já diriam nossas avós: "não façam para os outros o que você não quer que façam para você".

E cansei. Pior que me despeço com a sensação de que escrevi, escrevi, mas não disse nada. O texto tá uma bosta. Eu odiei. Mas vou publicar assim mesmo.

Fui. E como diria o Morróida: tomara que peguem dengue.

(Não sei a razão, mas alguma coisa tá cagada no meu cérebro. Já perdi noção do tempo essa semana, agora isso? Perder o meu discernimento na escrita? Jesus. Me acuda...)