quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

FIM DE ANO

Parece ser sempre a mesma coisa
: vizinhos que chegam da capital com a família toda, cujas crianças fazem a maior zorra, supermercados abarrotados de clientes que sempre deixam para última hora a carne, a cerveja, o champagne (leia-se espumante), programas de TV dando dicas de cores para a hora da virada, matérias sobre promessas de reveillón (que nunca são cumpridas), simpatias, truques, mandingas para atrair as mais diversas coisas - quem nunca viu uma matéria no Fantástico, com Renata Ceribelli dizendo que vermelho traz amor, amarelo dinheiro, dando receitinha de lentilha, dinheiro debaixo do prato, sementes de romã e/ou uva na carteira e tantas outras mesmices?

Bom, independente de tais tradições, particularmente posso dizer que o ano de 2008 já se tornou memorável. Na verdade, os últimos dois anos tem sido de uma mudança radical - pra melhor - na minha vida. Fiz coisas, conheci lugares com os quais só ousava sonhar. O quê? Viajei de avião (sim, por mais prosaico que isso possa parecer pra você, pra mim foi O acontecimento), conheci vários pontos do nordeste, me esbaldei em parque aquático, comprei meu carro próprio, assim como várias outras coisas "não tão úteis", as quais estavam sempre fora do meu orçamento. Conheci muita gente bacana, ao mesmo tempo em que mantive e até fortaleci laços de amizade de longa data. Sim, porque já diz a frase "Melhor do que realizar um sonho é ter com quem compartilhá-lo". Exatamente.

Tem também aquele lance das trajetórias perpendiculares. Vidas que se iniciam em algum ponto, seguem por caminhos distintos mas que, em certa altura da vida de cada um, se encontram por um período, de onde retomam seu curso normal para, talvez, nunca mais se reencontrarem. Mas, ainda assim, esse encontro deixa marcas positivas, pois essas são as que vale a pena guardar. Como li uma vez numa matéria sobre viajantes solitários: "Vá sozinho, não tenha medo. Pois você jamais FICARÁ sozinho. E mesmo que nunca mais venha a reencontrar tais pessoas, saiba que nunca mais se esquecerá delas - e elas de você". Nunca imaginei estar na praia mais de uma vez por ano. Aliás, nunca achei que pudesse tirar duas "férias" no mesmo ano! Podem dizer que achei uma mamata, que sou marajá e o caramba a quatro. Não ligo mais. Sei que estou onde estou por merecimento - e, reconheço, uma puta dose de sorte.

É isso. Mais um ano chega ao fim. E com a sensação de dever cumprido. Às vezes penso que o tempo está passando muito rápido, que os trinta anos estão com pressa de chegar. Mas, na verdade, acho que não queria ter meus 18 anos novamente. Pois nos últimos dois anos aproveitei muito mais a vida do que nos 26 anteriores.

Feliz 2009!


domingo, 30 de novembro de 2008

De tanto falarem, resolvi assistir

Sem graça...

Mas aposto que no carnaval isso vai ser um inferno.

Outro link: http://www.sedentario.org/galeria/?p=428

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Não sei quando, mas eu vou!!!!

Não sei de onde essa minha fixação por adrenalina surgiu. Mas só de ver essas imagens, já me imagino curtindo! Deve ser bom demais!!!

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Bahia - extras

Demorei pra fazer. Mas valeu a pena! Deixemos as imagens estáticas de lado um pouco. Espero que curtam!

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Viver é uma arte - Bahia!

A música é "Incomplete", da Alanis Morrissete. Apesar do título e da letra, eu me sinto mais completo do que nunca!

Férias na Bahia - 2

Depois do gaúcho, se hospedaram no mesmo quarto que eu o canadense Amir e o espanhol Victor. Saímos a noite pra tomar cerveja e conversar sobre os mais diversos temas. Junto com o Victor, estava sua tia Bárbara. Todos muito legais. Mas depois da cerveja, eles foram para uma "butucada" - isso mesmo, com 'u' - mas eu voltei pro hostel. Pra um sedentário feito eu, andar o dia todo cansa fácil, fácil.

Na Praia do Forte, visitei o Projeto Tamar, Instituto Baleia Jubarte e o Castelo Garcia D'Ávila. Afinal, informação e cultura sempre são bem-vindos.

E, gente, pensando bem, não vou mais relatar minha viagem aqui. Apesar de gostar de escrever, já imaginara quanto tempo pra transcrever vinte e três dias de viagem? Não dá né! Se tivesse feito isso durante a mochilada, vá lá. Mas agora vai me tomar muito tempo.

Se quiserem saber mais, é só perguntar.


Estão vendo como foi difícil?

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Férias na Bahia

Segunda-feira, 01 de setembro. Meu penúltimo dia na Bahia. Na verdade posso considerar como último, pois amanhã será levantar cedo e cair na estrada. Estou escrevendo pq resolvi ficar de boa no hostel - e a internet é de graça. Vou tentar relatar tudo pela ordem cronológica; digo que vou tentar pq foi tanta coisa boa que aconteceu, que talvez eu me perca nas datas.

Essa história começou dia 11 de agosto, meu primeiro dia de férias. Com meu mochilão nas costas, saí de Laranjal pra São Paulo, depois busão para o aeroporto em Guarulhos e vôo para Salvador. Nesse percurso, nada demais, tudo conforme o previsto. O avião também saiu apenas alguns minutos atrasado. Apesar de estar um pouco frio, o céu estava limpo; tirei várias fotos de dentro do avião, pois a vista era privilegiada. Até o norte de Minas - sim, consegui reconhecer Belo Horizonte lá do alto - sol. Chegando na Bahia, mudança de tempo, muitas nuvens e chuva. Mas é legal vc passar por entre as nuvens carregadas de chuva... Ao fazer o pouso, sei lá o que aconteceu, mas a aeronave deu um solavanco, digamos, diferente dos que eu já havia sentido em outras aterrissagens. Confesso que deu medinho. Mas, felizmente não foi nada e cheguei inteirinho no Aeroporto Internacional Luís Eduardo Magalhães (tudo que tem alguma importância aqui na Bahia leva o nome desse clã). Do aeroporto, direto para o busão até a Praia do Forte. Estrada boa, viagem tranquila, mas ainda muita chuva. Mas, detalhe, o calor já se fazia presente mesmo assim.

Cheguei na Praia do Forte de noite e no quarto onde me hospedei só havia uma pessoa: Moisés, o gaúcho da Petrobrás. Já conversando aqui e ali, saímos pra jantar e logo ele me convidou para, no dia seguinte, sair com ele e umas americanas para dar uns passeios para outras praias, já que ele havia alugado um carro e poderia nos levar. As americanas eram as gêmeas naturais de El Salvador, Sandra e Vanessa e a mexicana (será?), Diana. Fomos para a Reserva de Sapiranga. Muito sem graça. Só o rio que valeria a pena nadar - se estivesse sol. Chuva, chuva e mais chuva. Na volta do percurso, a Vanessa caiu numa das tábuas soltas duma ponte. Não se machucou, felizmente. Na tentativa de testar o "guia" (o cara não dava nenhuma informação e fedia machona), o Moisés começou a fazer perguntas sobre quem socorreria a Vanessa, caso ela tivesse se machucado, e... ainda bem que ninguém se machucou. Segurança e vontade de trabalhar, zero. Depois, tentamos ir para a praia de Imbassaí, mas muita lama e estradas instransponíveis, voltamos. Seguimos até o vilarejo de "Diogo", onde deixamos o carro e fomos a pé, cruzando dunas e fugindo da chuva, até a praia de Santo Antônio. Como era de se imaginar, não tinha ninguém. Ficamos algum tempo lá, entrei no mar (claro) e depois voltamos para o hostel. No dia seguinte, todos foram embora.

domingo, 29 de junho de 2008

MEIO QUE ABANDONEI

Sei disso. É que não surgiu nenhum assunto que mereça um post aqui. A maioria tá resumida no fotolog. Mas, as férias estão chegando, e logo colocarei meu roteiro e expectativas aqui.

Tchau.

sábado, 26 de abril de 2008

O JOGO MAIS DIFÍCIL DO MUNDO








Se é o MAIS difícil, não sei. Mas que é foda, isso é!

Tentei colocar o link na figura, se não der certo então cliquem aqui.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

EGOCÊNTRICO X INDIVIDUALISTA

Segundo o Aurélio (o dicionário), tais comportamentos estão definidos assim:

Egocêntrico: Que ou quem refere tudo ao próprio eu; egoísta.
Individualista: 1. Relativo ao, ou que é sectário do individualismo. 2. Egoísta, egocêntrico.

Partindo daí, pode-se dizer que as duas definições significam a mesma coisa. Mas existe uma contradição:

Individualidade: 1. O que constitui o indivíduo. 2. Caratér especial ou particularidade que distingue uma pessoa ou coisa. 3. Personalidade.

Sentiram a diferença? Uma coisa é você ser o que você é, outra é você querer que todos ajam conforme suas vontades. Tenho o direito de interpretar essas diferença como quiser? Sem dúvida, isso caracteriza a minha individualidade.
Mas a intenção desse posto não é discutir a etimologia ou semântica de tais palavras. Trata-se de mais um - adivinhem - desabafo.

Sempre me gabei de ser individualista. As escolhas que faço são determinadas pela minhas vontades, sonhos, necessidades e/ou possibilidades. Mas nem por isso sou solitário. Exemplo? Se estou com um grupo de amigos e maior parte quer ir para determinado lugar, mas eu não, não tenho nenhum problema em recusar o convite, desejar diversão a todos e esperar que voltem para que me contem como foi. Não me incomoda ficar sozinho. Se fosse egocêntrico, numa situação dessas, além de recusar o convite, faria de tudo para agourar o passeio do pessoal, diria que "é muito perigoso", ou "não vale a pena, vão jogar dinheiro no lixo", e ainda "puta programa de índio!".

Por essas e outras que as pessoas egocêntricas me incomodam cada vez mais. Tipo:
1 - No seu emprego, uma das suas funções é atender ao telefone, mesmo que esteja ocupado com outras tarefas. Você, egocêntrico, caso esteja "sobrecarregado", não faz sequer menção de se dirigir até ao aparelho e muito menos demonstra a humildade de pedir "por favor" pra outra pessoa. Mas, se você estiver esperando alguma ligação PARTICULAR, aaahhhh, aí pula da cadeira e só falta estapear aquele que atende antes de você.

2 - Você divide casa/apartamento com outras pessoas. Todas contribuem igualmente com todas as despesas, quando você precisa de alguma ajuda, um 'empréstimozinho', uma forcinha aqui ou ali, todos te ajudam. Ou seja, quando VOCÊ precisa, sabe como chegar em cada um e obter aquilo que é necessário para você. E, caso alguém não possa te ajudar por problemas maiores, você, seu egocêntrico, não é capaz de entender e até mesmo oferecer algum apoio, acha que a recusa partiu de uma diferença pessoal contra a sua pessoa, de um egoísmo. Agora, quando trata-se da sua vez de pensar nessas mesmas pessoas, aí você faz a egípcia e finge que não é contigo. Coloca o volume da TV/som/computador no limite que VOCÊ acha o satisfatório, come em lugares outros que não a cozinha - e parece que faz questão de deixar a sujeira no mesmo lugar - traz pessoas para dentro da casa que são totalmente estranhas ao demais moradores, sem sequer avisar! E imagine então perguntar antes se pode trazer!!! É sentença de morte.

Você, egocêntrico, pensa que o mundo gira ao seu redor, que quando tudo vai bem, é porque você merece. Se vai mal, o universo está conspirando contra você. É incapaz de reconhecer um erro. Aliás, é incapaz de sequer admitir que é passível de erros, mesmo que hipotéticos! Sabe adular quando quer algum benefício, feito cachorro que abaixa as orelhas e fica fungando baixinho perto do dono. Mas quando o assunto é se colocar no lugar dos outros e tentar imaginar como suas atitudes os [des]agradam, você mais uma vez prefere bancar a revoltadinha e se fazer de vítima.

Eu, o individualista, sei que o mundo gira ao redor do sol e que não preciso submeter ninguém ao meu jugo e às minhas vontades. Basta apenas fazer o convite. Se for aceito, maravilha. Caso contrário, mesmo sozinho eu vou/faço/decido/compro/pago.

A liberdade de uma pessoa não representa o submissão e a aceitação pusilânime dos demais ao seu redor. Ela só é verdadeira quanto conquistada por méritos próprios e, principalmente, quando permite que os outros também sejam livres.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Isabella who?

*Texto copiado do site do Morróida.

"Não aguento mais ouvir, na televisão/rádio/internet/email/jornal, notícias sobre o caso Isabella.

Sério, a que ponto chegamos. Fizemos de uma tragédia uma novela, cada dia um novo episódio. É o papo da vez em qualquer roda de amigos.

Sabe o que eu acho ridículo? Todo brasileiro reclama que não tem boas condições, que é pobre, que falta grana… mas o engraçado é que todas as reportagens na porta das delegacias tava LOTADO de populares (urgh, nojo)! O QUE DIABOS UM MONTE DE VAGABUNDO TAVA FAZENDO QUARTA A TARDE AO INVÉS DE TRABALHAR?

Este país me dá nojo.

Acho foda o que tão fazendo no caso, julgando o casal. Quando minha mãe cometeu suicídio (é, a vida de Fabião não foi fácil) perdi a conta de quantas vezes fui chamado pra depor. Como o índice de suicídios no Brasil é muito pequeno, qualquer um é tratado com atenção especial. É foda, eu na maior deprê ainda tive que ficar vendo foto, foi uma merda.

Mas, rebaixando-me no nível do brasileirão comum, é foda o que uma PICA numa faz. Amor de pica/buceta é foda, faz qualquer um cometer umas coisas que não dá pra acreditar. Vocês podem achar que eu falo de pobre assim por pura maldade, mas eu já presenciei coisas na minha vida, trampando com minha mãe em projetos assistencias… desde casos de tirar a vida de uma pessoa até criancinha sendo abusada pelo pai, a mãe sabendo e não indo dar parte na polícia porque “não queria perder seu macho”. (acredite, é sério)."

Preferi copiar e colar esse texto, em vez de escrever o meu próprio, pois concordo de maneira integral com ele. O Fabião - dono do site - tem a mesma opinião sobre os pobres que assolam e destróem esse mundo. Mané aquecimento global, corrupção e sei lá mais o quê. Enquanto existir esse tipo de pessoa medíocre, escrota, nojenta, o mundo nunca vai melhorar. Eu vou colar mais uma vez o principal trecho desse texto:

"O QUE DIABOS UM MONTE DE VAGABUNDO TAVA FAZENDO QUARTA A TARDE AO INVÉS DE TRABALHAR?"

É isso.

Tenho nojo. E ódio.




sábado, 12 de abril de 2008

O terceiro ficou pronto.

A letra da música fala, mais ou menos, de como se deve ter cuidado com a vida na cidade pequena. Parece que você conhece todo mundo, que nada mais desperta seu interesse e que, ainda que você não se mude definitavemente, é sempre bom conhecer outros lugares e saber que o mundo é muito maior do que se imagina.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

No mínimo, curioso.

Depois de chegar de Barra Bonita ontem, fui ver as fotos antigas pra saber exatamente quando tinha sido a última vez que estive lá. Achei as fotos, foi em agosto de 1981, ou seja, mais de 26 anos depois. Aí, meio que do nada percebi uma coisa: desde o início deste ano, só viajei para lugares onde já estive no passado e quando era muito pequeno. A primeira viagem do ano foi pra Ubatuba; a última vez que estive lá, tinha cinco anos. Depois disso nunca mais tinha voltado, até fevereiro deste ano. Em março fui para Paraty onde, segundo minha mãe, tinha estado antes quando era apenas uma criança de colo. Agora, Barra Bonita...

É claro que em cada "revisita", tudo foi muito diferente. Os lugares visitados, o tempo gasto, as companhias, tudo foi diferente. Óbvio. Afinal, como que um bebê iria descer escorregando cachoeira abaixo?

Coincidência não? Os fanáticos diriam "Deus que quis". E os bitolados do TLC diriam "tudo está previsto".

E eu digo: "sei lá".


sexta-feira, 4 de abril de 2008

Muito melhor que Robobão






Cliquem aqui. Tenham paciência e vejam todas as tirinhas, vale a pena.

quinta-feira, 27 de março de 2008

PARATY/RJ
Pois bem, mais uma viagem sozinho. A sexta para ser mais exato. Como ja disse, Paraty me surpreendeu. Digo isso, pois esperava ver apenas referências e monumentos históricos. Mas é muito mais do que isso. Uma natureza muito rica e muito diversificada, assim como muito prezar pela cultura e pela gastronomia. As cachoeiras são mais bonitas que as de Bonito, o mar, em certos pontos, é mais limpo que o da Ilha do Mel e as ruas remetem ao passado assim como em Ouro Preto - com a extrema vantagem de serem ruas planas, sem ladeiras. Entrei debaixo de cachoeiras, vi golfinhos - e quase encostei neles -, vi o teatro de bonecos que, mesmo custando caro, foi um experiência única e diferente de qualquer coisa que já tinha visto antes. Apesar da imensa quantidade de turistas, senti que a maioria era de pessoas educadas, cultas, pessoas que sabem apreciar as coisas boas de um lugar como Paraty e não um bando de silvícolas como os que vemos por aí, principalmente no litoral paulista... Também visitei a famosa Trindade. Tá, o visual é bacana, uma das praias até que e limpa, mas já disse e repito, é muita empolgação pra pouca diversão. Sei lá, talvez pra quem curta fumar maconha e viver como se estivesse em Woodstock, então seja mesmo esse paraíso que pintam. Mas pra mim, que não passo do Marlboro e não ligo a mínima pra "baladinha", "reggaezinho" e muito menos dormir em barraca e ficar dias sem ver um chuveiro, não foi tudo isso não. Pode ser que, caso um dia volte pra Paraty também volte à Trindade, afinal ficaram algumas praias sem conhecer - além da falta de vontade de fazer mais trilhas, não tinha muito tempo livre pois precisava voltar ao centro histórico, que ainda não tinha recebido minha devida atenção. No mais, tudo correu bem. O hostel é bom - o quarto é pequeno, o chuveiro queimou e os banhos foram frios - a equipe super atenciosa e nos passeios que fiz, pra variar não fiquei sozinho. Cariocas, americanas e o Carlinhos, o guia do hostel que é muito prestativo, simpático, tem excelentes assuntos e sabe tudo de Paraty. Resumo da ópera? Mais um destino acertado e uma viagem proveitosa. Posso não ser sortudo pra ganhar coisas como o Rafinha do BBB8, mas tenho sorte ao escolher os lugares que visito!

quarta-feira, 12 de março de 2008

Fazia tempo que não ria tanto!

Não sei o que melhor:

- Rápido Ricaaardo!

- Crianças bonitas = "Resident Evil"

- Ninguém gostava da Família Trololó! (E que porra de desenho era esse?).

Enfim, assistam e divirtam-se.

domingo, 6 de janeiro de 2008

IR EMBORA

Durante algum tempo, fui membro dessa comunidade no Orkut. Aí, quando comecei no meu novo emprego, achei que não precisava mais e saí. Agora estou pensando se volto. Não sei explicar ao certo, mas já há algum tempo que eu venho tendo essas idéias, de ir embora, pra bem longe, começar praticamente tudo de novo. Antigamente, nos meus devaneios de morar em outro país, eu pensava nisso como uma forma de ganhar mais dinheiro, ficar rico, o tal "sonho americano", afinal são tantas histórias que vejo até hoje pela televisão que isso me deixava mais empolgado - eu sei que essas histórias de sucesso são uma parte ínfima das tantas outras de desilusão, fracasso e deportação. Mas aí, como disse anteriormente, durante certo tempo passei a achar que isso não era mais necessário, não que eu tenha ficado rico, mas passei a ver as coisas de outra forma. Hoje, quando me pego imaginando vivendo em outro país, não faço mais planos de trabalhar feito burro durante um determinado período, juntar uma puta grana e depois voltar. Quando me vejo longe daqui, é pra nunca mais voltar. Acho que na verdade eu ando meio cansado de certas coisas. Me sinto cada vez mais um peixe fora d'água. Os meus sonhos não são os mesmos de todo mundo; minhas ambições também não; os meus gostos e desgostos, idem. Não sei por que tenho essa mania de pensar diferente, de querer coisas diferentes dos demais. Não seria mais fácil ter o sonho da maioria, casar-se, ter filhos, encaminhá-los e depois fazer a mesma coisa com os netos, até o fim da vida? Ou então morar na capital pra angariar fundos, comprar uma casa no interior e voltar pra lá pra morrer? Talvez fosse, mas eu não quero. Mesmo. Às vezes fico tão desanimado com o que vejo/ouço ao meu redor, que tenho vontade de mandar uma meia dúzia tomar no cu e desaparecer. Me chamam de arrogante, mas eu acho tudo tão simplista, tão medíocre, tão convecional. Sabe, um fatalismo, um comodismo, uma vida que gira num círculo vicioso, como se o lema fosse "vou viver até morrer". Ah, sei lá. Um dos efeitos colaterais de eu ter viajado tanto no ano pasado foi justamente esse. Eu percebi que o mundo é muito maior do que eu pensava e isso fez com se instalasse em mim uma inquietude, um certo desconforto com a rotina e com a possibilidade de estar fazendo a mesma coisa daqui vários anos. Acho que isso também tem a ver com o passado, afinal durante muitos anos vivi preso a um dia-a-dia inócuo, sem graça mesmo, uma vida que não parecia ser a minha.

Mas ao mesmo tempo em que essa vontade de vender tudo o que seja venal, raspar todas as economias e ir viver em outro país (sim, porque o Brasil não dá mais, perdi todas as esperanças nessa terra de merda - se é que algum dia tive alguma), insiste em rondar minha mente, surge o outro lado da moeda. Ir embora e fazer o quê? E quando acabar o dinheiro? Voltar com uma mão na frente e outra atrás? E o arrependimento, do tipo "meu Deus, tinha a vida feita e joguei tudo pelo ralo!". Até que ponto o sonho vale a pena? Não sei. Isso me confunde. Fico pensando no dia do 'acerto de contas'. Não, não me refiro ao Juízo Final onde - acredita-se por aí - o Messias vai surgir e pôr fogo em metade da população, mas sim ao dia inevitável em que eu (e todos nós) vou me sentar e fazer o balanço da minha vida. E o meu maior medo é perceber, lá na frente, que deixei de viver uma vida realmente válida por medo, por comodismo. Não tenho nenhuma pretensão de me tornar algum tipo de herói, de figura histórica, daquelas que são eternizadas em livros de história, que viram motivo de feriado nacional. Só não quero conviver com a sensação do arrependimento, da dúvida, do "e se".

Se fosse pra ir, pra onde iria? Xi... tantos lugares já me passaram pela cabeça. Conheço algumas - poucas - pessoas que tomaram tal decisão. Umas voltaram pra casa e outros ainda continuam lá fora. Cada um com seus motivos, e analisando cada um deles, a dúvida só aumenta. Repetindo, não é mais uma questão de enriquecer, mas sim de viver uma nova vida, porque a cada dia sinto que não pertenço a esta. Sinceramente, são meus amigos que seguram a minha sanidade, porque o resto só faz me sentir cada vez mais distante. E não pense você que isso é um papo de depressivo, carente e o caralho a quatro. Simplesmente não consigo enxergar o mundo com os mesmos olhos da maioria. Quero um país onde a falta de instrução, o "jeitinho", a ignorância, o bairrismo, o fanatismo, a vadiagem não sejam motivo de orgulho.

Mais acima me referi ao Brasil como terra de merda. Aí, pode surgir aquele lazarento e dizer "mas bem que pra você passear, o Brasil é bom né?". Exatamente. Nas minhas andanças pelos albergues, já econtrei vários estrangeiros. E foi a partir desses contatos que eu percebi que é só pra isso que o país serve mesmo, como um quintal, um "playground" do mundo. Ainda se houvesse uma revolução e separasse o Estado de São Paulo e a Região Sul como um novo país, talvez pensasse diferente. Mas do contrário... Sabe o que ter uma moeda que vale praticamente um terço do que vale para os estrangeiros? Enquanto eu pago vinte e cinco reais numa diária, eles pagam oito euros? Sabia que muitos dos estrangeiros que encontrei nem profissão tinham? Eram apenas estudantes que trabalharam de garçom, entregador ou similares, guardaram a grana e vieram pra passar MESES aqui no Brasil? E depois não é pra perder o tesão...

Enfim, sei lá. Talvez nunca realize isso. Talvez morra na mesma cidade, no mesmo emprego, na mesma casa. Eu sei que só depende de mim mudar as coisas. E estou pensando com cada vez mais freqüência nessa hipótese. Se vai rolar, não sei. Mas se acontecer, certamente vocês serão os primeiros a saber.

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

O HORROR
Nesta madrugada, eu e meus amigos decidimos que, depois da meia-noite, do fogos, dos abraços e votos de um feliz ano novo, iríamos ao baile do Ferroviário. Sei lá, acho que a intenção era tomar mais umas, encontrar outros colegas, dar uma divertida. Ledo engano. Já comecei o ano de 2008 aprendendo uma nova lição: nunca, jamais, never again, eu piso num baile/festa/evento cujo convite custe R$ 10,00. Se bem que, a esse preço, o certo é chamar de ingresso em vez de convite. Primeiro por que ingresso remete à cinema, circo, e foi assim que eu me senti nesse baile: assistindo a um filme trash ou a um 'espetáculo' de freak show, de circo dos horrores. Segundo, por que a palavra "convite" por si só já se explica e eu, modéstia às favas, jamais seria convidado para uma festa-lixo feito essa. Meu círculo social tem muito mais "catchiguria". O que eu vi lá pra causar tamanho descontentamento? Eu explico. Muita gente desconhecida. Eu achei no início que isso se devia ao fato de, há um bom tempo, eu não sair mais aqui em Laranjal; ou nós vamos pra outras cidades, ou ficamos na casa/sítio/chácara da turma. Ou ainda, como aconteceu em 2007, em alguns feriados prolongados peguei minha mochila e vazei. Mas, analisando melhor, vi não que era só isso. Não conhecia praticamente ninguém pois a maioria pertence a um mundo que não é o meu. Um mundo de espíritos pobres, beberrões - não que nós também não bebamos, mas Black Label não se compara a Vodka Fornov - gente FEIA mesmo, mal-ajambrada, fedida, barulhenta, daquelas que pensam que só pq tiveram condições de entrar num baile do clube mais elitizado da cidade, estão abafando. Resultado? Ficamos menos de meia hora no lugar. Foi como se, ao cruzar o portão do clube, fôssemos todos tele-transportados para um baile funk em Carapicuíba, Barueri, Jandira. Ou seja, o inferno na Terra. Podem me chamar de arrogante, metido, não-humilde, debochado, petulante, pedante, preconceituoso. Essa noite fui tudo isso. MESMO. Felizmente, minha turma compartilha muitas opiniões comigo - se não fosse assim, duvido que passaríamos dos dez anos juntos - e, assim que percebemos as reações uns dos outros, tratamos de sumir dali. Vou tentar ser mais detalhista. Assim que entrei, um cheiro de fritura no ar (quem, meu Deus, se presta a comer uma coxinha como primeira refeição do ano?); logo em seguida, um calor insuportável, proveniente da parte superior, onde a terceira idade se esbaldava ao som de músicas cuja origem, ritmo, melodia (??) e letra eu desconheço. Ao descer a escadaria, um odor indecifrável tomou conta dos meu arredores; indecifrável porque, assim que ele ameaçou entrar pelas minhas narinas, eu tratei de prender a respiração e sair daquele perímetro o mais rápido possível. O pouco que me lembro, era uma mistura de perfume barato, sovaco e sei lá mais o quê (prefiro nem descobrir o que era). Ao chegar no recinto das piscinas, eu ainda tinha um fio de esperança de que meus sentidos fossem mais bem-tratados. Mais uma vez, ledo engano. Estava pior. De um lado, umas pessoas com umas caras de bosta que, sinceramente, seja lá qual for a expectativa para 2008 desses seres, será um ano estupidamente apático, para dizer o mínimo. Mais a frente, um bando de tsunamis*, pulando, virando, gritando, um bando de bicho no cio, ao som de "Tropa de Elite" - foi a única música que eu consegui distingüir em meio àquele pandemônio. Ficamos estacados no mesmo lugar durante os poucos (mas que pareceram eternos) minutos em que estivemos ali. Ainda encontramos um ou outro conhecido que também estava vagando pelo ambiente - se esses estavam se divertindo, não me pergunte. Enfim, é isso. Se deixar, vou ficar aqui até amanhã, seguramente. Por isso, chega. Só volto a dizer que os primeiros momentos de 2008 foram os mais medonhos que já vivi. Mas, como disse pro Tony, vamos olhar por um ângulo positivo. Se começou tenebroso desse jeito, certamente pior não pode ficar. Sim, porque se ao longo deste ano eu tiver uma visão mais escrota, horrorosa, demoníaca, nojenta, repulsiva do que essa é por que eu morri e fui para o inferno. Feliz 2008.

*Denominação para super-biscates. As biscates 'normais' têm tanto fogo na buceta que pode-se imaginar que o dito órgão se movimenta freneticamente nos períodos de cio - ou seja, diariamente,
ad infinitum - como se fosse um motor de popa, daqueles que ao serem colocados às margens do Rio Amazonas, atravessam o mesmo em questão de segundos, tamanha a propulsão do motor. Numa super-biscate, a potência desse motor é elevada exponencialmente, permitindo às portadoras do mesmo surfarem sobre as ondas do Tsunami.


Tá difícil de enxergar o palco do baile né? Vai por mim, prefira dessa forma. Às vezes, a ignorância é uma benção.