quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Do que eu gosto

De viajar sozinho

Da acelerada brusca do avião no momento da decolagem

Da sensação de banho tomado, barba feita, unha e cabelos cortados

Do verão

Da culinária e do sotaque nordestinos

De dormir horas seguidas, sem interrupções

Do silêncio

Do escuro

De filmes legendados

De ser capaz de manter uma conversa satisfatória usando apenas o inglês

De quase todas as músicas do Maroon 5

De receber notícias de amigos que não vejo há muito tempo

De fazer amigos viajando - e manter contato com eles

De receber elogios

De poder acordar tarde todos os dias

De dirigir com a estrada vazia

De fumar um cigarro depois do almoço

De cerveja (ou chopp) bem gelada

De gargalhar até doer o estômago

De ter tanta intimidade com certos amigos, a ponto de saberem o que estou pensando só de olharem pra mim

De usar expressões para definir certas pessoas ou situações e apenas poucos entenderem o que eu quero dizer

De chegar ao banheiro pouco antes da bexiga explodir - e da sensação de alívio depois de esvaziá-la

De ter conhecido as cataratas do Iguaçu, os rios de Bonito, os Lençóis Maranhenses, as praias de Noronha e tantas outras maravilhas naturais do Brasil

De saber que meu carro é 100% meu

De estalar (ou estralar) os dedos

De espreguiçar por vários minutos antes de sair da cama

De banho quente

De praia. Sempre

De me sentir muito confortável debaixo d'água

De ter aprendido a nadar sozinho. E a andar de bicicleta também

De relembrar os tempos de faculdade, mesmo que me faça sentir tanta saudades...

De ter aprendido a gostar da capital paulista

De ter perdido o medo (irracional) do Rio de Janeiro

De ter ido por diversos anos, quando criança, passar férias no Guarujá

De ter sido padrinho de casamento de grandes amigos

De manter amizades por tanto tempo

Da forma como certas pessoas continuam próximas, mesmo vivendo tão distante

De ser paquerado no meio da multidão

De sempre ir muito bem em provas de português, mesmo sem nunca estudar tal matéria

De saber que meu atual emprego é meu por mérito próprio

De ter tido coragem e iniciativa para ser operado da miopia

De poder ter pago pela cirurgia de miopia

De poder fornecer informações de viagens para muitas pessoas

Da minha independência emocional

Da minha independência financeira

Dos vídeos com imagens 'fails'

Da minha tatuagem

De ter nascido em mês, dia e ano pares. E em ano 'cheio' também

De ser reconhecido pelo meu gênio um tanto quanto indomável - e ainda assim ter muitos amigos

De - ainda - não ter nenhum vestígio de calvície

De tirar férias

Dos ipês da praça da Matriz

Das ocasiões onde posso falar palavrões à vontade

De dar e receber abraços depois de um longo tempo longe da pessoa

De ser recebido com um sorriso, assim que chego em qualquer lugar

De ficar feliz pela felicidade alheia

De pessoas capazes de entender (ou pelo menos respeitar) e se contagiar com a minha felicidade

De quando me perguntam "Fernando de Noronha é linda mesmo?" E eu posso dizer que sim!

De receber convites interessantes, de pessoas interessantes

De shopping center

De pessoas bem vestidas

De poder confiar cegamente em muitas pessoas

De saber que muitas pessoas confiam cegamente em mim

Das interpretações do Johnny Depp

Da maneira fantástica como o CouchSurfing mudou a minha vida de mochileiro

Do bendito dia em que decidi viajar sozinho

De beijo no pescoço

De mulher com cabelo cheiroso

De céu azul, sem nenhuma nuvem

Do pôr do sol. Em qualquer lugar

De passar horas no msn - quando se tem assunto, claro

De me hospedar em hostels - ou albergues da juventude

Da Praia da Pipa

De ser prolixo e eloquente quando escrevo

De não me importar em exaltar as minhas qualidades

De não me importar em reconhecer meus defeitos

De me sentir tão à vontade na presença dos meu amigos

De caminhar sozinho, ouvindo música

De amendoim japonês

De café com leite

De ter jogado Magic por tanto tempo

De ter crescido assistindo seriados japoneses, novelas e desenhos hoje considerados impróprios - e ter me tornado um adulto totalmente normal

De ter uma melanina tão ativa que, mesmo no inverno, mantenho certos traços de bronzeado

De tomar sol por semanas a fio, não ficar vermelho, nem descascar

De banho de piscina

De chocolate

Da sonoridade do idioma francês - mesmo sem entender praticamente nada

De ter ido ao sambódromo e literalmente ter sentido a bateria tocar

De ter aprendido a me virar sozinho em rodoviárias, aeroportos e afins (pode parecer babaquice, mas considerando como eu era quando mais novo...)

Do período em que usei lentes de contato azuis

De finalmente ter colocado aparelho nos dentes

De não ter tendência à obesidade

De ter vivido para ver Bebel, Laura e Odete Roitman

De ter toda a coleção de Friends

De ouvir músicas que me lembram situações marcantes

De ler guias de viagem

Do sarcasmo do Chandler Bing. Idem para o Dr. Christian Troy

Das muitas invenções próprias para viajantes

Dos livros de André Vianco

De ser do signo de aquário - mesmo não acreditando em horóscopo

De ser chamado de Jé

De ter nascido no mesmo dia em que se homenageia Iemanjá

De morar no bairro de São Benedito

Da trilogia Pânico

De circular por livrarias, mesmo que não compre nada

De ter tido a coragem pra ficar pelado em Tambaba

Das interpretações fantásticas dos atores em Sexo Frágil

De barracos entre personagens grã-finos nas novelas

Das minhas mochilas. Isso mesmo, das minhas mochilas

De problemas de raciocínio lógico

Das tirinhas do Dr. Pepper e do Carlos Ruas (Um Sábado Qualquer)

De ver BBB

De ouvir meus amigos dizendo palavrão

De ficar deitado na praia, sem fazer nada

De água de coco

De vodka Absolut

De goiaba

De assistir TV no colchão

De usar óculos escuros

De bife à milanesa

De ficar sozinho, falando comigo mesmo. Já tomei importantes decisões assim

De iogurte

De pessoas cultas

Dos amigos que se lembram de mim quando estão viajando

De comprar imãs de geladeira como souvenir

De chegar no horário

De quando tudo corre conforme o planejado

De quem fala o quer/precisa sem usar de subterfúgios. O popular 'fala na cara'

De quem tem personalidade, faz o que gosta, quando quer, sem se preocupar com que 'os outros vão pensar'

De quem confia 'no próprio taco'

De não economizar quando o assunto é comer bem

De ter conquistado tanta coisa durante meus trinta anos de vida

Das opções e renúncias que fiz, em nome de outras tantas coisas boas que surgiram

De ter certeza que, se tenho tudo o que tenho, é porque andei fazendo a coisa certa...

De dizer que o post acaba aqui. Mas a lista é interminável...

;)

domingo, 16 de janeiro de 2011

Ctrl+C / Ctrl+V

Nem sempre o prato mais gostoso é o mais bonito.
Nem sempre o melhor jornal é o mais lido.
Nem sempre o padre da sua paróquia é virgem como prega.
Tão pouco as freiras dele têm prega.

Nem todo conto de fadas tem uma bruxa.
Nem todas as bruxas têm verruga no nariz.
Nem toda loira parece com a Xuxa.
Nem toda platéia pede bis.

Nem todo santo faz milagre.
Nem todo galã é garanhão.
Nem todo desatento é cabeça-de-bagre.
Nem todo professor é sabichão.

E por aí o mundo acontece.
Tudo maquiado como efeitos especiais.
Os religiosos querem resolver com prece.
Os ambiciosos sempre querem mais.

Mas uma coisa parece ser verdade:
As mentiras dos políticos.
Se a verdade dói, essa arde.
Será um dado apocalíptico?

Originalmente criado e postado por Finado Dante e tal, em 01 de abril de 2004.

Eu descaradamente só fiz copiar. E colar.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Jack? Ou Jeff?

     Tempos atrás eu fiz um post intitulado "Ódio", onde descrevi inúmeras coisas que me desagradam, descontentam ou das quais simplesmente não gosto. Claro que o uso constante do 'odeio' fez tudo parecer muito radical, exagerado, como se eu tivesse uma ira descontrolada dentro de mim. Não era pra ser assim; usei e abusei do 'odeio' mais por uma questão estética do que qualquer outra coisa. Bom, acontece que entre tantas frases, uma causou um certo desconforto numa das comunidades que eu participo no Orkut; a fatídica frase foi "odeio que me chamem de Jeff" - e lá todos me chamavam de Jeff. Aí, foi um tal de pedirem desculpas e tal, um melindre... Mesmo eu tendo explicado que não era pra tanto, na verdade eu quis dizer, apenas, que prefiro que me chamem de outra coisa, que Jeff tá em último lugar. Enfim...
     Mas pra entender o porque dessa 'polêmica', vamos voltar no tempo.
     Diz minha mãe que meu nome era pra ser Patrick (oi?), mas meu irmão bateu o pé e escolheu o nome que tenho hoje - parece que ele viu na televisão e escolheu. (Aliás, agora me bateu uma dúvida. Naquela época ultrassom era artigo de luxo, logo só souberam que era menino quando nasci. Qual seria meu nome de menina? hahaha). Sendo assim, cresci sendo chamado de Jé, Jéffê (nessa pronúncia), Jeffinho , Jelão - apenas meu pai sempre me chamou pelo meu nome inteiro.
     Já na época da escola, começam aquelas bobeiras de inventar assinatura, codinome e tal; passei a deixar as minhas iniciais - JAC - em tudo que era caderno, na lousa... Foi então que um colega de classe me disse: "Acrescente um 'k' nas suas iniciais que assim vira Jack". Na hora! Desde então, todo tipo de 'assinatura', recadinho, cadastro na internet, e-mail, login, tudo mesmo, virou Jack. Mas o Jack não 'pegou' nas ditas redes sociais, todos preferiram usar a corruptela Jeff... E o problema do Jeff é que não gosto da sonoridade, sei lá...
     Mais recentemente, passei a viajar com uma certa frequência pelo Brasil, ficando em albergues, e sempre conheço estrangeiros. Claro que pra eles também é muito mais fácil me chamarem de Jeff do que Jack - pois até parece que eu vou ficar sendo chato a ponto de pedir pra me chamarem de Jack e explicar o porquê desse 'codinome'.
     Então, meio que fui vencido pelo cansaço. Já estou me acostumando com o Jeff...
     Portanto, leitores e leitoras, fiquem à vontade para se referirem a mim como quiserem: Jack, Jeff, Jé, Jelão, Jeffe, whatever...