sábado, 29 de dezembro de 2007

ILHA DO MEL

Então, fui pra Ilha. De todas as viagens que fiz, essa foi a que eu menos planejei, pesquisei ou imprimi informações/dicas sobre o lugar. Sei lá, achei que pelo menos uma vez deveria conter minha meticulosidade e deixar as coisas rolarem mais ao acaso. Foi bom ter feito isso, pois mostrou que não é preciso ser tão sistemático. Correu tudo bem. Aliás, tudo maravilhosamente bem. Até agora não consegui achar um motivo pra explicar o porquê de tanto encanto. Sério. Toda hora que eu me lembro da Ilha, me dá uma vontade louca de voltar pra lá. Não vou dizer que é meu lugar preferido, porque cada um dos que eu visitei tem a sua beleza, suas características, não dá pra preferir um ao outro. Dizem na Ilha que na Gruta das Encantadas, sereias atraíam marinheiros com seu canto. Entrei na Gruta, mas não vi nenhuma sereia. Será que mesmo assim fui 'enfeitiçado'? Vai saber... Dessa vez não fiz nenhuma turma - como aconteceu em Bonito e Jeri - mas mesmo assim, me senti super bem. Talvez estivesse precisando mesmo desses dias sozinho. Se bem que, duvido muito que fosse encontrar alguém disposto a me acompanhar nas caminhadas que fiz. Entre ida e volta da Fortaleza, por exemplo, foram quase cinco horas e praticamente vinte quilômetros. Suei à beça. Mas me senti mais livre do que nunca. Não quero dizer que tenha ficado cem por cento do tempo sozinho. Tinha o Roberto, chileno de Santiago que chegou no mesmo dia que eu e que estava lá pra trabalhar no Hostel - aliás, o Zorro é ótimo (Zorro é o nome do albergue). Na noite do dia 24, surgiu a turma de Rio Preto - Rafael, Ricardo e respectivas namoradas - que me chamaram pra passar a virada junto com eles. Eu topei. Viramos a meia-noite sentados no deck da pousada, sobre uma manta, com uma garrafa de Coca-Cola e um pacote de Ruffles. Nada de ceia, peru, farofa, panetone e mais o raio que o parta. E querem saber? Foi muito bacana. Afinal, não fui lá pra comemorar o natal - coisa que há muito tempo não faço, perdeu a graça. Mas, já que me convidaram, não tinha como dizer não. E pra completar, tive a prova cabal de como esse mundo é pequeno. Mesmo. Encontrei lá na Ilha o Luiz de Florianópolis. Para os que estão chegando agora, o Luiz dividiu o quarto comigo no hostel em Jericoacoara nos cinco dias em que fiquei lá, em agosto deste ano. Pois então, fui almoçar no restaurante ao lado do albergue, eis que encontro o cara lá, com a família e tal. Não é impressionante? Bom, pelo menos eu fiquei impressionado com tamanha coincidência. Amei a Ilha. Tudo nela me encantou: a natureza abundante e belíssima, as praias calmas e limpas, água na temperatura ideal, trilhas e mais trilhas que te levam a todos os lugares - mesmo algumas sendo de difícil acesso - e bem sinalizadas, o sossego e hospitalidade do povo e, principalmente, a extrema sensação de liberdade que minha estadia lá me proporcionou. Engraçado isso, a vez que talvez eu tenha me sentido mais livre na minha vida - livre dos compromissos, dos horários, da enfadação dos fanáticos, dos cachorros dos vizinhos, do choro das crianças mal-criadas, do "ter que fazer isso ou aquilo", do "eu não quero ir pra lá, prefiro ir pra cá" - foi justamente numa ILHA, cercado por todos os lados. Paradoxo? Ironia? Dê o nome que quiser. Só sei que foi assim. Enfim, é isso. Minha quinta viagem sozinho. Quinto novo destino que conheci. Esse ano não dá mais. Mas no ano que vem, certamente novos lugares virão - ou melhor, eu irei até eles. Feliz 2008!!

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

HO, HO, HO!!
A barba do papai-noel pinica?
O saco dele é muito grande?
Ele é amigo do Michael Jackson?
Ele ama as cirancinhas, DE VERDADE?
Analise a imagem e decida:

Não entendo por que existem mães que acham lindo entupir seus filhos de comida.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

'PRÉSTENÇÃO!'
Eu não conheço nenhuma Adrelina. Você conhece? Queria saber se é bonita.


domingo, 16 de dezembro de 2007

sábado, 8 de dezembro de 2007

E LÁ SE VÃO CINCO ANOS

Sabe aquele lance do "parece que foi ontem"? Soa muito 'chavão', mas é verdade. Cinco anos que me formei em Jornalismo, na Unimep de Piracicaba. Mas cinco anos da formatura. No total, faz praticamente NOVE anos que eu conheci um grupo de pessoas - pra dizer numa palavra - inesquecíveis. Me lembro que quando as aulas começaram, eram quase oitenta alunos na sala. Logo no primeiro semestre vários saíram: uns mudaram de curso, outros de faculdade e ainda aqueles que simplesmente desistiram. Isso sem contar aqueles que estudaram com a gente apenas por um semestre, pra tirar a fatídica DP. Quando entrei, não conhecia ninguém na sala. Pode parecer óbvio, mas em se tratando de uma faculdade tão próxima à minha cidade e onde a maioria dos universitários estudava, isso era um pouco incomum. Isso sem contar na 'fobia social' que me afligia na época. Tá, estou exagerando. Não era nada de síndrome do pânico mas pra mim era tudo muito novo, afinal, até então, eu só tinha vivido na minha cidade, trabalhado e estudado perto da minha casa. E eu confesso, demorei bastante pra amadurecer e fazer parte do mundo todo, não só do meu. Enfim, agora que já passaram cinco anos desde a minha formatura, bateu aquela vontade-clichê de rever fotos, relembrar momentos, coisa e tal. Por isso esse post de hoje. Relembrar. É claro que não pretendo resumir os quatro anos da faculdade aqui.
Me lembro das brigas - óbvio - com o Eric por causa dos sem-terra: sai da saula atrasadíssimo, quase perdi o busão; com a Gerusa depois que tirei sarro do tênis dela, que parecia uma chuteira, e ela me dando um puta esporro no corredor, pleno sábado à tarde, e todo mundo olhando pra mim. Teve ainda o tapa na cara - sim, até isso teve! - que eu levei da Ana, de novo no meio do corredor, o que lhe custou minha amizade (ela ainda quis que eu voltasse a falar com ela depois... juro!). Mas não passei os quatro anos arranjando treta não! Fiz muitas amizades que perduram até hoje. Vivi coisas totalmente novas, como a viagem para o Enecom, no ano 2000, em São Leopoldo/RS. Fomos eu, Kellen, Lorenza, Stella, João Paulo, Danilo, Killer, Marianas (as duas), Priscila, Renata e mais um monte de gente. Muito frio, dormimos no chã do ginásio da Unisinos, banho em banheiro coletivo - sem box, a Kellen morrendo de frio e pedindo socorro para a tia dela que mora em Porto Alegre, isso sem contar na cena antológica dela fazendo chapinha no salão da universidade. Hilário. Teve também a minha saída solitária para assistir Pânico 3 no cinema, onde voltei à noite, sem ter avisado ninguém. Todos preocupados e eu nem 'tchun'. Vai ver foi aí que o vírus do viajante solitário começou a se instalar em mim - e ele viria a causar efeitos maiores sete anos depois.
Isso sem contar os churrascos, os trabalhos intermináveis - muitos pareciam impossíveis, os 'altos papos' na galeria, o doce da Zuleika, as meninas jogando truco (até hoje não aprendi), e muitas, mas muitas outras coisas e 'causos' que preencheriam as páginas de um livro.
Bom, é isso. O que importa é que após tanto tempo, me sinto um privilegiado. E não foi por causa da profissão - nunca usei meu diploma. Mas sim pelos amigos que fiz. Conheço muita gente que fez faculdade, mas, sem exagero, eu pareço ser o único que conseguiu manter contato e reencontrar (com rara freqüência, reconheço) os antigos colegas de classe. Prova disso é que no próximo dia 15 vou para mais um reencontro. Dessa vez para celebrar os cinco anos da formatura. Mas eu prefiro celebrar os oito anos de amizade. Sinceramente, não sei como seria minha personalidade hoje se não tivesse vivido a experiência da faculdade. Acredito que ela muda qualquer um. E eu tenho a certeza que também mudei. Muito. Pra melhor.
Corredor do bloco 8 (ou seria 3?), primeiro semestre da turma de Jornalismo do ano de 1999.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Natal longe de casa

Depois de 27 anos, é a primeira vez que vou quebrar a 'tradição' de passar o natal por aqui e vou pra longe. Já faz algum tempo que papai-noel, pinheiros, bolas coloridas, luzes e toda a parafernália natalina perderam o encanto. Aliás, que eu me lembre, só tinham graça mesmo quando eu era criança - época em que a gente acha tudo que brilha impressionante. Resolvi mudar dessa vez. Já que o dia 25 vai cair numa terça-feira, e eu FINALMENTE não vou ter que trabalhar às vésperas do natal, seria até injusto ficar mofando em casa. Na verdade, eu não iria. Mais por questão de economia do que qualquer outra coisa. Mas, depois da experiência de ter ficado em casa os quatro dias do feriadão de novembro - ainda bem que pelo menos uma noite meus amigos me salvaram e me levaram pra Piracicaba - percebi que mais uma dessa e eu acabo estrangulando um. Muitos podem achar insensibilidade da minha parte, viajar sozinho justo nessa época do ano. Eu também acho o Lula um ignorante mas, mesmo assim, ele ganhou duas vezes as eleições. Ou seja, cada um com seus 'pobrema'. E pra onde eu vou? Quase esqueço de mencionar. Desde o começo do ano, quero ir pra Parati, mas sempre acabei escolhendo outro destino no lugar. Dessa vez, fiz a mesma coisa. Quando estava prestes a reservar o albergue de lá, mudei de idéia e acabei optando pelo Zorro Hostel, Ilha do Mel, Paraná. Como sempre estou no Orkut atrás de dicas e opiniões sobre locais que têm albergues, já havia lido várias coisas sobre o lugar. Acrescente-se a isso o fato de ser muito fácil ir até Curitiba (cidade que eu simpatizei muito!) e de lá para a Ilha. Mesmo sendo poucos dias, acredito que vou aproveitar bastante o lugar. Pelo menos tenho a certeza que me fará muito bem ir pra lá do que ficar aqui. É isso. Curtam a paisagem:



quinta-feira, 29 de novembro de 2007

sábado, 24 de novembro de 2007

TESTE
Sabe aqueles testes do tipo "descubra se você é assim ou assado"? Inúteis, eu sei. Ainda bem que existem outros tipos de testes que, mesmo sendo tão inúteis quanto os demais, são engraçados. Como esse do "Que símbolo nacional você é?" que eu descobri no site do Sedentário e Hiperativo.
Eu não sabia se respondia sinceramente ou se usava e abusava do sarcasmo - quando se fala de cultura brasileira, acreditem, fica difícil eu me conter. Enfim, acabei usando um pouco de cada e o resultado foi esse:


Quem dera o produto exportado fosse eu!!



sábado, 3 de novembro de 2007

SETEMBRO 2009

Será nessa época em que eu vou realizar mais um sonho: viajar para o exterior. Desde que descobri o universo dos mochileiros - e passei a fazer parte dele - decidi que antes dos meus trinta anos faria uma viagem ao exterior. Destino escolhido? França - especificamente Paris - e Itália. Porquê? Não sei responder. Mas assim que comecei a sonhar com isso, a capital francesa foi a primeira que me veio à mente. Não existe nenhuma razão especifica por tamanho desejo em conhecer Paris. Não falo francês (ainda), não tenho nenhum parente ou amigo que já tenha estado lá, minha família não tem nada de francesa. Só sei que a escolhi como primeiro lugar fora do Brasil em que eu vou pisar - e será. Além da França, também vou conhecer Roma, Pisa, Milão, Veneza e outras cidades da Itália, inclusive Treviso que, mesmo não tendo nenhuma fama turística, guarda a história dos meus antepassados. Certamente será muito pouco provável que eu venha a encontrar algum 'parente', mas só de saber que depois de oitenta anos, um descendente do meu avô vai voltar pra lá, representa algo de especial. É claro que ainda falta muito tempo para a viagem, mas eu tenho que me organizar desde já. Ainda está tudo no plano das idéias, qual melhor roteiro, quanto de grana economizar, aprender francês - e italiano - o mais rápido possível. Por isso, depois de um bom tempo sem postar nada por aqui, resolvi que vou fazer deste blog uma espécie de 'diário de viagem'. Pretendo postar todas as etapas dessa que promete ser a experiência mais inesquecível da minha vida, não só para compartilhar a minha ansiedade, felicidade e expectativa, mas também para que todo esse trabalho possa ajudar - ou até mesmo inspirar - outros mochileiros. Porque é assim que acontece comigo, cada vez que leio os tópicos das comunidades do Orkut, outros blogs de viajantes e qualquer coisa relacionada a esse universo, me empolgo, me imagino nessa ou naquela situação e tudo isso serve para me dar a certeza de que estou no caminho certo. Não tenho dúvidas de que terei que abdicar de várias coisas para ver esse sonho realizado. Mas não será a primeira vez. E eu tenho certeza que jamais vou me arrepender. É isso. Por enquanto, como já disse, está tudo na imaginação, na coleta de informações - muita informação! Logo, logo as idéias serão mais palpáveis. Nesse interim, apreciem a imagem de um dos lugares mais impressionantes que, na minha opinião, podem existir. Au revoir!!





















Tenho certeza de que quando me aproximar desta torre, vou chorar. De alegria, é claro.

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

sábado, 8 de setembro de 2007

REALIZAÇÃO

Voltei das férias. Na verdade, faz uma semana que elas acabaram. Finalmente conheci o nordeste. Maranhão: São Luís, Barreirinhas - grandes lençóis, Vassourinhas, Mandacaru, Caburé - e Alcântara. No Ceará: Fortaleza e Jericoacoara - Preá e Tatajuba. Foram quatorze dias viajando e conhecendo tais lugares maravilhosos, cada um com suas peculiaridades e caracterísitcas únicas. Mas não foi só isso. Essa viagem representou pra mim a certeza de que escolhi o caminho certo na minha vida. Cada um tem a sua felicidade, porém eu acredito que são poucos os que têm a oportunidade, a sorte, a coragem ou a força necessários para chegar onde querem. Eu tive. E cheguei. Não sei até quando vou pensar dessa forma - espero que pra sempre - ou terei condições de continuar realizando tantos sonhos. Mas, enquanto puder, tenham certeza que o farei. Viajar, pra mim, é mais do que alguns dias longe. Muito mais. Senti que desde que comecei a viajar sozinho, para os lugares que eu sempre quis conhecer, uma mudança muito grande se abateu sobre mim. Não sei explicar ao certo, só sei que é uma coisa muito boa. Uma sensação de vitória, conquista, liberdade, independência. De ser um privilegiado que, depois de imaginar durante muito tempo o futuro, finalmente teve a chance de transformar esse futuro em presente. Digo isso pois sei que muitas pessoas vivem apenas em função de um futuro que, às vezes, nunca chega. O meu chegou. Não tenho mais ambições financeiras, muito menos pessoais. Agora, os meus planos se resumem aos novos lugares que pretendo conhecer e quando o farei. Nunca vou me esquecer de quando a Miriam, uma paulista que conheci no Maranhão, me disse que a felicidade estava nítida no meu rosto, nos meus gestos, na minha postura, durante nossa visita aos Lençóis Maranhenses. Fiquei contente em saber que estava visível. Pois é isso mesmo. Pisar naquelas areias foi um dos momentos mais marcantes da minha vida. Quase chorei. E aí volta toda a "polêmica" do viajar sozinho. É claro, óbvio e ululante que seu eu pudesse levar meus amigos comigo, em cada uma das minhas mochiladas, tudo seria duplamente melhor. Mas, já que não posso, essa pseudo-solidão é compensada com as incríveis pessoas que conheço pelo caminho. Até agora, em todas as mochiladas que fiz, sempre conheci pessoas bacanas. Umas se aproximaram mais, outras menos, é verdade. Mas todas tiveram a sua importância nessas minhas "jornadas". E essa é, ao mesmo tempo, a melhor e a pior parte: saber que, depois que me separo dessas pessoas, provavelmente jamais os verei novamente. Uns ainda resistem graças à Internet. Mas reencontrar mesmo, muito pouco provável que isso aconteça. E eu já deveria ter aprendido isso desde e minha primeira viagem, que é assim mesmo a 'sina' do viajante solitário. É como se a vida de cada um de nós seguisse em linhas perpendiculares: mais cedo ou mais tarde, elas se cruzam, uma única vez, pra depois seguir seu curso e se afastarem cada vez mais. Uma pena. Pra finalizar, quero deixar um agradecimento para todos que cruzaram a linha da minha vida nessa útlima viagem. Muitos de vocês não terão idéia a quem pertencem tais nomes. Saibam que cada um deles tem uma importância, que cada nome me traz de volta uma lembrança, lembranças de momentos únicos e inesquecíveis. Momentos que reafirmam a certeza de que valeu a pena insistir, abrir mão de certas coisas no passado, de muitas vezes nadar contra a corrente, para, finalmente, descobrir como é boa essa tal felicidade.

Paulo, Krystal, Karen, Silvia, Sven, Reinhold, Felipe, Irma, Willian, Alexandre, Diego, Naja, Bete, Helena, Virginie, Miriam, Lucca, Daniela, Franco, Liz, Anna, Ji, Luiz. Valeu turma!!

Se eu pudesse traduzir esse momento...

domingo, 12 de agosto de 2007

VIAJAR

Quando adolescentes, somos perguntados sobre o que queremos ser quando crescer. Sempre achei essa pergunta difícil, afinal, nunca consegui respondê-la. Sério, nunca tive grandes planos profissionais. Foi aí que pensei: "Por que nunca pergutaram o que eu gostaria de FAZER quando crescesse"?. Não que, àquela época, eu soubesse a resposta. Mas pelo menos hoje, consigo fazê-lo. Já a outra pergunta continua sem resposta - e eu já cresci. Depois de certo tempo pensando sobre isso, certo dia resolvi me perguntar, de uma vez por todas, o que eu pretendia da vida. Assim, como se fosse um maluco, falando sozinho mesmo. Foi então que, ante tamanha "pressão" obtive a resposta. Decidi (descobri?) que deveria buscar condições de fazer o que EU sempre quis da vida, e não o que a sociedade [cof, cof] espera que eu faça. E tal coisa é viajar. Não sei ao certo desde quando esse desejo de conhecer lugares tomou conta de mim. Não importa. O certo é que, finalmente, cheguei onde me imaginei durante muito tempo. Sim, hoje eu viajo. E não na maionese, como podem pensar os simplistas*. Viajo - ainda que sozinho - de mochilão nas costas, visitando lugares que, no meu período de auto-comiseração e de auto-subestimação, jamais imaginei pôr os pés. Pois bem, o mundo dá voltas, você amadurece, corre atrás e, um belo dia, o seu futuro chega e você passa a viver o presente. Não sei até quando essa fase vai durar. Mas, enquanto puder, vou aproveitar. Já estive em Bonito, Maresias, Curitiba, Morretes, Ouro Preto, Mariana e Belo Horizonte. Meu próximo destino é o nordeste. Maranhão e Ceará. Não vejo a hora. Às vezes me chateiam os olhares de inveja que recebo. Como se o fato de ser feliz e viver de acordo com as minhas vontades fosse crime. Como se fosse minha culpa certas pessoas viverem na mediocridade. Mas o que foi que elas fizeram para melhorar a própria vida? Aliás, tais pessoas sabem REALMENTE o que querem da vida? Ou vivem em função dos outros, o que [não]vão pensar, falar ou sei lá mais o quê? Quando eu ficava em casa estudando, em pleno sábado à noite, essas mesmas pessoas estavam causando na Água Choca, no Tira-Saia ou no baile à Fantasia em Cesário Lange. Pois então, agora chegou a MINHA vez de causar (não consigo simpatizar com essa expressão), só que em outros lugares, um pouco mais longe do que os retrocitados. Sorte? Destino? Herança? Não meus queridos, não mesmo. Dedicação, objetivo. Esse é o caminho. Bom, pelo menos foi o meu. É claro que não fiz tudo sozinho. Grandes amigos me ajudaram, com incentivo, torcida e muita - mas muita - paciência. Ah, amigos... Bom, é isso. Comecei esse post querendo descrever minhas viagens e o prazer de cada uma. Acabou que virou outro desabafo. Mas, você já leu o subtítulo do blog? Então tá tudo certo.

Semana que vem estarei aqui. Enjoy the view.
















*Eufemismo para pobres. De espírito.

sábado, 28 de julho de 2007

FRIO

Não gosto do frio. Nunca gostei. E me parece que agora - aquecimento global? - as coisas estão piores. Taí, aquecimento. Ironia pouca é bobagem. As mãos doem, os pés doem, os dentes doem ao serem escovados, enfim, respirar dói. Tem gente que acha cool dizer que gosta de frio. Eu acho um cu. Pior são aqueles românticos de araque que dizem que frio é bom pra namorar. Comer fondue. Vão se foder, isso sim. Tem que ter muita testosterona pra fazer o dito-cujo funcionar num tempo desse. Acabei de ler que hoje a sensação térmica será de menos um grau. Vou morrer. Sério. Depois de passar uma semana de cão, perdendo litros e litros de líquido, ainda mais essa. Pra ajudar, tem uma cambada de filhos da puta [des]organizando um sei-lá-o-quê no barracão aqui perto de casa. Músicas de louvor no último volume. Que eu saiba, Deus nunca foi surdo. E acho que já dei minha opinião sobre fanáticos. Não voltarei ao assunto. Só espero que todos adoeçam com o frio e jamais se prestem a esse papel. Ou que, pelo menos, o façam longe daqui. Mas, voltando, se fosse porrilhonário viveria seis meses na Austrália e seis meses na Europa. Ou o ano inteiro no Caribe. Sol. Calor. Suor. Biquínis. Top Less. Mau cheiro? Banho resolve. Pior é a carniça das roupas secadas à sombra, odor típico de pobre. Pobres? Merecem outro post. Outro dia. Não vejo a hora das minhas férias. Nordeste. Sol o ano inteiro. Sim, nordeste. Em Itanhaém ainda faz frio. E eu já passei da fase de ir pra lá. Eu posso. Não virei coelho e não tenho prole pra cuidar. Na faculdade pegavam no meu pé pelo uso excessivo de vírgula e ponto e vírgula. Agora sou adepto do ponto final. Perceberam? E hoje não tem foto. Preguiça de procurar. O frio faz isso comigo. Me deixa inválido.

quinta-feira, 19 de julho de 2007

PROSELITISMO

Todo mundo diz que vivemos num país livre. Que podemos escolher, entre outras coisas, a religião que acharmos melhor. Concordo. Mas por que existem pessoas que insistem em querer nos arrastar para o seu lado? Será que, se não ficamos esgüelando pelos quatro cantos do planeta que somos tementes a essa ou àquela entidade, então fazemos parte do "lado negro da força"? Fanáticos me irritam. Me enojam. Principalmente os que um dia perteceram a determinada religião e depois, conforme a conveniência, mudaram de lado e se "esqueceram" do passado. Ficam repetindo as mesmas cantilenas de sempre, desrespeitando aqueles que pertencem a outras seitas/crenças/credos - ou são ateus, agnósticos. Sabe qual é a impressão que esses fanáticos me passam? A de que essa insistência no proselitismo não passa de puro esforço para convencerem a si próprios das coisas que tanto cospem. Sério. Sabe, auto-lavagem cerebral, vencer-se pelo cansaço? Não sei quanto a eles, mas eu me cansei. Convivo com isso diariamente e só eu sei o esforço que faço pra não dar um passa-fora nesses bitolados do caralho. Mas nem sempre me controlo. Aí fode tudo. Piora. A pregação se intensifica. Só falta mesmo rogar uma praga. Resolvi escrever sobre isso hoje pois, ao ver mais uma matéria sobre a tragédia da TAM, fui violentado com a seguinte frase, proferida por um dos vizinhos do local do acidente: "Minhas coisas ficaram intactas. Deus teve piedade." O que leva esse ser obtuso a achar que as coisinhas dele são mais importantes do que a vida de aproximadamente duzentas pessoas????? É esse tipo de pensamento egocêntrico que me incomoda profundamente. Assim como o materialismo e a hipocrisia desses indivíduos. Pergunte pra um ser "de Deus" - como eles próprios se denominam - o que ele pode doar pra que seja montada uma cesta básica pra um pobre. Eu fiz isso no fim do ano passado. Sabem o que ouvi? "Deus vai dizer o que tenho que dar". Sim. Certamente. Uma luz surgirá do céu e fará com que a lata de óleo, o pacote de arroz ou a lata de sardinha levitem da prateleira da despensa e vão voando até à mesa do pobre. Mas, mesmo com tamanha sandice proferida, ainda assim a pessoa não deu nada, um grão de feijão sequer. Vai ver Deus estava incomunicável naquele dia... Talvez eles estejam certos e eu errado. Enfim, aguardarei o Juízo Final para descobrir.

Lembram de mim? Sempre fui boa, por isso virei crente.















*inspirado no SuperEgo

sábado, 14 de julho de 2007

CATARSE

Presidente(?) do Brasil é vaiado.

Não tive a chance de assistir à cerimônia de abertura do Pan na TV. Pena. Quando acessei a net e soube o que tinha acontecido, confesso que uma sensação boa me percorreu a espinha. Saber que aquelas milhares de pessoas presentes no Maracanã hoje, fizeram o que muitas, mas muitas pessoas gostariam de ter feito. Uma "homenagem" justa a esse ser desprezível. E imaginar que tal imagem (e som, principalmente) correu o mundo, me faz ainda mais feliz. É bom saber que não estou sozinho. A todos que participaram desse momento mágico, meus cumprimentos. Obrigado. Mesmo.

"Você pode tirar o pobre da lama, mas jamais tirará a lama do pobre".