quinta-feira, 19 de julho de 2007

PROSELITISMO

Todo mundo diz que vivemos num país livre. Que podemos escolher, entre outras coisas, a religião que acharmos melhor. Concordo. Mas por que existem pessoas que insistem em querer nos arrastar para o seu lado? Será que, se não ficamos esgüelando pelos quatro cantos do planeta que somos tementes a essa ou àquela entidade, então fazemos parte do "lado negro da força"? Fanáticos me irritam. Me enojam. Principalmente os que um dia perteceram a determinada religião e depois, conforme a conveniência, mudaram de lado e se "esqueceram" do passado. Ficam repetindo as mesmas cantilenas de sempre, desrespeitando aqueles que pertencem a outras seitas/crenças/credos - ou são ateus, agnósticos. Sabe qual é a impressão que esses fanáticos me passam? A de que essa insistência no proselitismo não passa de puro esforço para convencerem a si próprios das coisas que tanto cospem. Sério. Sabe, auto-lavagem cerebral, vencer-se pelo cansaço? Não sei quanto a eles, mas eu me cansei. Convivo com isso diariamente e só eu sei o esforço que faço pra não dar um passa-fora nesses bitolados do caralho. Mas nem sempre me controlo. Aí fode tudo. Piora. A pregação se intensifica. Só falta mesmo rogar uma praga. Resolvi escrever sobre isso hoje pois, ao ver mais uma matéria sobre a tragédia da TAM, fui violentado com a seguinte frase, proferida por um dos vizinhos do local do acidente: "Minhas coisas ficaram intactas. Deus teve piedade." O que leva esse ser obtuso a achar que as coisinhas dele são mais importantes do que a vida de aproximadamente duzentas pessoas????? É esse tipo de pensamento egocêntrico que me incomoda profundamente. Assim como o materialismo e a hipocrisia desses indivíduos. Pergunte pra um ser "de Deus" - como eles próprios se denominam - o que ele pode doar pra que seja montada uma cesta básica pra um pobre. Eu fiz isso no fim do ano passado. Sabem o que ouvi? "Deus vai dizer o que tenho que dar". Sim. Certamente. Uma luz surgirá do céu e fará com que a lata de óleo, o pacote de arroz ou a lata de sardinha levitem da prateleira da despensa e vão voando até à mesa do pobre. Mas, mesmo com tamanha sandice proferida, ainda assim a pessoa não deu nada, um grão de feijão sequer. Vai ver Deus estava incomunicável naquele dia... Talvez eles estejam certos e eu errado. Enfim, aguardarei o Juízo Final para descobrir.

Lembram de mim? Sempre fui boa, por isso virei crente.















*inspirado no SuperEgo

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