sábado, 8 de dezembro de 2007

E LÁ SE VÃO CINCO ANOS

Sabe aquele lance do "parece que foi ontem"? Soa muito 'chavão', mas é verdade. Cinco anos que me formei em Jornalismo, na Unimep de Piracicaba. Mas cinco anos da formatura. No total, faz praticamente NOVE anos que eu conheci um grupo de pessoas - pra dizer numa palavra - inesquecíveis. Me lembro que quando as aulas começaram, eram quase oitenta alunos na sala. Logo no primeiro semestre vários saíram: uns mudaram de curso, outros de faculdade e ainda aqueles que simplesmente desistiram. Isso sem contar aqueles que estudaram com a gente apenas por um semestre, pra tirar a fatídica DP. Quando entrei, não conhecia ninguém na sala. Pode parecer óbvio, mas em se tratando de uma faculdade tão próxima à minha cidade e onde a maioria dos universitários estudava, isso era um pouco incomum. Isso sem contar na 'fobia social' que me afligia na época. Tá, estou exagerando. Não era nada de síndrome do pânico mas pra mim era tudo muito novo, afinal, até então, eu só tinha vivido na minha cidade, trabalhado e estudado perto da minha casa. E eu confesso, demorei bastante pra amadurecer e fazer parte do mundo todo, não só do meu. Enfim, agora que já passaram cinco anos desde a minha formatura, bateu aquela vontade-clichê de rever fotos, relembrar momentos, coisa e tal. Por isso esse post de hoje. Relembrar. É claro que não pretendo resumir os quatro anos da faculdade aqui.
Me lembro das brigas - óbvio - com o Eric por causa dos sem-terra: sai da saula atrasadíssimo, quase perdi o busão; com a Gerusa depois que tirei sarro do tênis dela, que parecia uma chuteira, e ela me dando um puta esporro no corredor, pleno sábado à tarde, e todo mundo olhando pra mim. Teve ainda o tapa na cara - sim, até isso teve! - que eu levei da Ana, de novo no meio do corredor, o que lhe custou minha amizade (ela ainda quis que eu voltasse a falar com ela depois... juro!). Mas não passei os quatro anos arranjando treta não! Fiz muitas amizades que perduram até hoje. Vivi coisas totalmente novas, como a viagem para o Enecom, no ano 2000, em São Leopoldo/RS. Fomos eu, Kellen, Lorenza, Stella, João Paulo, Danilo, Killer, Marianas (as duas), Priscila, Renata e mais um monte de gente. Muito frio, dormimos no chã do ginásio da Unisinos, banho em banheiro coletivo - sem box, a Kellen morrendo de frio e pedindo socorro para a tia dela que mora em Porto Alegre, isso sem contar na cena antológica dela fazendo chapinha no salão da universidade. Hilário. Teve também a minha saída solitária para assistir Pânico 3 no cinema, onde voltei à noite, sem ter avisado ninguém. Todos preocupados e eu nem 'tchun'. Vai ver foi aí que o vírus do viajante solitário começou a se instalar em mim - e ele viria a causar efeitos maiores sete anos depois.
Isso sem contar os churrascos, os trabalhos intermináveis - muitos pareciam impossíveis, os 'altos papos' na galeria, o doce da Zuleika, as meninas jogando truco (até hoje não aprendi), e muitas, mas muitas outras coisas e 'causos' que preencheriam as páginas de um livro.
Bom, é isso. O que importa é que após tanto tempo, me sinto um privilegiado. E não foi por causa da profissão - nunca usei meu diploma. Mas sim pelos amigos que fiz. Conheço muita gente que fez faculdade, mas, sem exagero, eu pareço ser o único que conseguiu manter contato e reencontrar (com rara freqüência, reconheço) os antigos colegas de classe. Prova disso é que no próximo dia 15 vou para mais um reencontro. Dessa vez para celebrar os cinco anos da formatura. Mas eu prefiro celebrar os oito anos de amizade. Sinceramente, não sei como seria minha personalidade hoje se não tivesse vivido a experiência da faculdade. Acredito que ela muda qualquer um. E eu tenho a certeza que também mudei. Muito. Pra melhor.
Corredor do bloco 8 (ou seria 3?), primeiro semestre da turma de Jornalismo do ano de 1999.

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