sexta-feira, 11 de maio de 2012

Buenos Aires - Dia 03

Conforme dito ontem, andei muito, mas muito mesmo. Meus pés estão com bolha - nota mental: nunca mais usar meias novas com essas botas! - e tenho certeza que assim que tomar banho, desmaio. Mas mesmo assim, foi um dia ótimo, do jeito que eu gosto. Peguei o metrô e fui seguindo o mapa que ganhei da minha amiga Fernanda - perfeito - e vi alguns pontos que tinha vontade. Sim, alguns, pois tem muita coisa pra se fazer aqui. O metrô custa 2,50 Pesos, ou seja, R$ 1,25 - pelo menos alguma coisa realmente barata aqui. Sim, já disse e vou repetir: essa conversa de que, como o Peso vale menos do que o Real, é barato viajar aqui, conversa de pedante que gosta de desmerecer o Brasil. Explico: tomei duas long neck hoje; sabe quanto? 22 pesos CADA UMA. Isso mesmo, cerca de 11 Reais. E quem vier me falar que paguei isso porque fui em lugar turístico, vai levar um passa-fora bonito, pois em vários lugares gira em torno desse preço. E digo ainda mais, em Pipa, onde - teoricamente - também é turístico, a Bohemia custa 4 reais. Vai um argentino lá e bebe quase três com o,preço que paga aqui. Nao achei mercado pra comprar e nao pode entrar com álcool no hostel. Ou seja, vou perder os dois rins, um de tanto trabalhar filtrando a cerveja e outro que vou vender para conseguir mais grana... Não vou esmiuçar meu roteiro, mas basicamente fui ao cemitério da Recoleta - túmulo da Evita - Jardim Japonês, a flor metálica, e subi toda a Sarmiento (Google) ate o Palermo Soho. Fui nesse bairro pois o site do Ricardo Freire disse que era charmoso, com ótimos cafés e bares com mesas na calçada, blá, blá blá. O bar nao aceita cartão, não tinha Quilmes (um absurdo) e, sem brincadeira, fui importunado por umas dez pessoas, vendendo meias (!), DVDs, lenço de papel (oi?), pedindo "monedas" e mais uma porrada de mala. Bem feito pra mim, pois esse site é pra TURISTA e eu caí direitinho. Claro! Eles sequer mencionam o metrô no site, apenas tàxi. Só peguei táxi pra vir do aeroporto até o hostel, pois era bem tarde. Do resto, o tal tour bus, metro (ou Subte, como chamam aqui) e, claro, a pé! Essa é uma das coisas que me fazem gostar de viajar sozinho. Só conheço uma pessoa capaz de fazer a caminhada MONSTRO que fiz hoje; sozinho eu viro na esquina que quiser, fico no mesmo lugar o tempo que quiser, me viro pra tirar as fotos e fico feliz. Porque não tem coisa mais irritante do que aquele que fica "ai que canseira, vamos voltar?". Numa dessas eu empresto um mapa, ensino o caminho e tchau - ou jogo num táxi e que suma. Gosto assim, de fazer no meu tempo, no meu ritmo, no meu gosto. Companhia só é boa se REALMENTE acompanha, ou se é independente, do tipo que se vira sozinho E não fica com cara de merda depois, porque foi embora e não fui junto. Enfim, é isso. Ah, antes que pensem que estou irritado, não estou. Simplesmente escrevi a verdade. Estou é muito do contente por ter desbravado a capital portenha como fiz hoje. Mas ainda falta chão. Até existem alguns passeios organizados pelo hostel, mas não sei... Falando em hostel, aconteceu o que eu previa. Apesar de o lugar estar cheio - boa parte de brasileiros - o povo vem buscando a vida noturna, a qual dizem ser excelente; como esse nunca é o meu foco nos lugares onde vou pela primeira vez, acabo sequer conversando com as pessoas, pois quando chego da rua, estão dormindo e quando vou dormir, eles estão saindo. Não que eu não goste de balada, mas não dá pra fazer tudo, seja pela grana ou pela resistência física. Vim para conhecer Buenos Aires, não pra badalar. Enfim, só pra explicar o porquê de voltar pra casa sem novos amigos e sem ninguém mais nas fotos, hehe. Bom, é isso. O negócio é ir tomar um banho e achar algo decente pra comer. Hasta la vista!

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